Estudantes queimaram uma catraca de papel durante a manifestação da manhã
Cerca de 30 estudantes que integram o movimento "Passe Livre" protestam na tarde desta quarta-feira (14), no Centro de Curitiba, contra o aumento de 15,7% na tarifa de ônibus, que entrou em vigor no início da semana. Pela manhã, outro grupo de estudantes, além de representantes de partidos políticos e movimentos sociais já haviam realizado uma manifestação na estação-tubo central.
Os estudantes chegaram a bloquear o cruzamento da XV de Novembro com a Avenida Marechal Floriano Peixoto, mas foram retirados do local pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal. Por volta das 15h30 o grupo caminhava pelo calçadão carregando faixas e cartazes.
Pela manhã os manifestantes se concentraram ao lado da estação-tubo Central, junto aos Correios, escolhida para lembrar outro ato, que pedia a implantação do passe livre para estudantes e que terminou em confronto entre os manifestantes e guardas municipais no ano passado.
A manifestação foi organizada por entidades como a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) e União Parananese dos Estudantes (UPE). "Desta vez é toda a população que está apanhando da prefeitura com esse aumento", diz o estudante Rafael Clabonde, presidente da Upes.
Segundo Clabonde, falta clareza por parte da prefeitura ao estabelecer o reajuste na passagem do transporte coletivo. "Eles têm um conselho para analisar as ações que serão tomadas, mas esse grupo não foi consultado", acusa. "Além disso, a Urbanização de Curitiba (Urbs) não apresentou as planilhas de custos à Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), como deveria ter feito".
Para o protesto desta manhã, os manifestantes levaram uma caixa preta, que simboliza a falta de transparência nas contas da Urbs, e uma catraca. "Levamos os objetos para representar o enterro do transporte público de qualidade em Curitiba", explica Clabonde.
Apesar de direcionar o protesto para outro foco, o estudante conta que a Upes ainda mantém o movimento pelo passe livre. "A prefeitura alegou que não poderia conceder a tarifa gratuita para os estudantes porque encareceria a passagem", lembra. "Agora houve aumento e sequer recebemos o benefício", reclama Clabonde.
Segundo ele, a assessoria jurídica da Upes estuda a possibilidade de ingressar com uma ação judicial para barrar o reajuste na tarifa. "Estamos formando uma frente, junto com vereadores da oposição e outras entidades, para questionar essa medida na Justiça", diz. "Argumentos não faltam".
Procurada pela reportagem da Gazeta do Povo Online, a prefeitura de Curitiba informou que não comentaria manifestações nem ameaças de ações judiciais contra o aumento na tarifa do ônibus.
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