Com a determinação brasileira de priorizar o resgates de corpos e, "na medida do possível", de destroços do Airbus 330 da Air France, que caiu sobre o mar quando fazia o trajeto Rio-Paris, no domingo (31), a França está montando uma operação própria de resgate da caixa-preta do avião. Para isso, conseguiu o apoio do governo dos Estados Unidos, que enviará técnicos e equipamentos para auxiliar na busca.

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A caixa-preta é o dispositivo instalado em todas as aeronaves que armazena informações relativas às ações dos pilotos, conversas gravadas em áudio e alertas de pane. Em caso de acidente, o equipamento emite sinais eletrônicos que ajudam na sua localização. A interpretação de seus dados é fundamental para a descoberta das razões que podem ter causado o acidente do Air France 447.

A França está enviando um submarino nuclear da classe rubis, de 72 metros, para trabalhar na busca da caixa-preta do Air France.

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Questionado se a Marinha brasileira iria auxiliar nestas buscas, o capitão de fragatas Giucemar Tabosa Cardoso afirmou que não sabe "se será o caso". "A Marinha brasileira tem submarinos, mas não posso informar no momento se serão utilizados nesse sentido. Não é o caso de empregar agora nossos submarinos, nem sei se será o caso. Não é nossa prioridade resgate da caixa-preta, nossa prioridade é o resgate de corpos e, quando possível, destroços", afimrou.

A Aeronáutica brasileira pensa da mesma forma. "A caixa preta não é prioridade na operação. Eventuais ações paralelas tanto do governo dos EUA e do governo francês estão em andamento, mas sem efetivação", reconheceu o tenente-coronel Henry Munhoz, do centro de comunicação da FAB.

O local onde estão sendo encontrados destroços e corpos do AF 447, fica nas proximidades do arquipélago de São Pedro e São Paulo, a 1.100 km da costa brasileira. No local, a profundidade do mar chega a 3.500 metros.

O Airbus da Air France, que desapareceu na noite do domingo (31), transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo 447 deixou o Rio de Janeiro às 19h30 (horário de Brasília) e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.

De acordo com investigadores franceses, em um intervalo de quatro minutos, o avião emitiu 24 mensagens automáticas com sinais de anomalias no voo, das quais 14 entre 23h10 e 23h11.

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