O governo americano vai medir a temperatura de viajantes da África Ocidental em cinco aeroportos dos EUA a fim de controlar a epidemia de ebola. O governo federal informou nesta quarta-feira (8) que o monitoramento vai começar no sábado no aeroporto JFK, em Nova York. Na próxima semana, o procedimento será adotado nos aeroportos de Newark, Dulles, Chicago e Atlanta.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que esses cinco aeroportos cobrem 94% dos destinos das pessoas que viajam nos EUA da Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais afetados pela doença. Ele estima que cerca de 150 pessoas serão monitoradas diariamente.
Também nesta quarta-feira, o Departamento de Segurança Interna dos EUA ordenou que agentes em aeroportos e outros portos de entrada do país observem todas as pessoas que entrarem no país para detectar potencias sinais de infecção por ebola.
O vice-secretário do Departamento, Alejandro Mayorkas, afirmou que os agentes estão entregando folhetos com informações sobre os sintomas da doença e orientações para contactar um médico se a pessoa ficar doente em até 21 dias, período de incubação do vírus. Os papéis orientam a pessoa a "medir a temperatura toda manhã e noite e observar os sintomas do ebola".
A administração Obama tem buscado medidas para evitar o contágio da doença, uma vez que os passageiros que chegam de outros países podem não apresentar os sintomas no começo da infecção. Mayorkas admitiu que o Departamento está ciente dessa questão e está "tomando as medidas aos poucos".
A epidemia de Ebola matou mais de 3.400 pessoas na África Ocidental e infectou pelo menos o dobro desse número, de acordo com a organização Mundial da Saúde. O vírus afetou especialmente profissionais de saúde, deixando mais de 370 doentes ou mortos na Libéria, Guiné e Serra Leoa.
O presidente americano, Barack Obama, afirmou que o país vai "trabalhar em protocolos para realizar monitoramentos adicionais tanto na origem quanto nos EUA". Tais medidas estão em vigência nos aeroportos das zonas do surto. Os passageiros que deixam esses locais tem a temperatura medida e são questionados se tiveram contato com pessoas infectadas pelo ebola.
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