O Instituto de Criminalística (IC) do Paraná concluiu nesta segunda-feira (29) o exame de DNA que comprova que o animador de lojas Natanael Búfalo, de 41 anos, estuprou e matou o Márcia Constantino, de dez anos, no último dia 21, em Maringá, região Noroeste do estado. No laudo, o perito diz "observar correspondências genéticas do DNA da mostra com o do suspeito".
Búfalo foi preso pela polícia civil de Maringá na sexta-feira e apresentado na manhã desta segunda-feira (29). Em depoimento, prestado ainda na sexta-feira, Búfalo relatou com detalhes como estuprou e matou a menina de dez anos. Por telefone, o delegado Antônio Brandão Neto, que conduz o inquérito, recontou, com base no depoimento, o assassinato da menina.
"Ele nos contou que por volta de 20h30 viu a menina em frente da igreja e a chamou para dentro do carro, dizendo que iam buscar um bolo. A menina foi levada para casa dele, onde ficou por três horas. Durante esse tempo, ele estuprou ela, a amarrou e depois matou usando uma sacola plástica de supermercado", disse o delegado. "Em seguida, ele colocou o corpo dentro do carro e foi em direção a plantação de milho (local onde o corpo foi achado)", continuou. Depois, ele jogou álcool no corpo e ateou fogo.
Búfalo voltou para casa, por volta de 23h30, lavou o carro, o lençol da cama e virou o colchão. Isso porque, explicou o delegado, a menina teria urinado sobre a cama. O assassino ainda voltou para a igreja para ajudar nas buscas à menina e depois de encontrado o corpo, compareceu ao velório para confortar a família.
O crime
A menina desapareceu durante um culto em uma igreja evangélica da Assembléia de Deus e o corpo foi encontrado no dia seguinte em uma plantação de milho, com marcas de violência sexual, estrangulamento e queimaduras de 2º e 3º graus.
Búfalo vai ser julgado por quatro crimes: estupro, homicídio, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver. Em caso de condenação, ele pode ficar preso de 25 a 57 anos.
Reincidência
Búfalo já foi condenado antes por crime de estupro e não deverá ter direito a liberdade condicional. "Pelo fato de ele voltar a delinqüir, esse benefício será quebrado. Ele vai ficar preso por força do crime que ele praticou no ano de 2001 e também vai responder preso por força dessa nova infração penal", explicou o delegado.
Família
Pela primeira vez, os pais da menina falaram com a imprensa sobre o caso. "A dor de uma mãe perder um filho é uma dor horrível, muito triste", disse a mãe, Nelir Constantino. Para o pai, o crime poderia ter sido evitado. "Se ele não estivesse solto, não estaria em nosso meio. A minha filha teria se livrado disso", disse Marcos Constantino.
Márcia Constantino foi homenageada no culto de domingo (28) da igreja evangélica que freqüentava com os pais.
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