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A morte do servidor federal Takero Mauro Koarata, 44 anos, que foi executado com um tiro na última terça-feira, pode estar ligada a um falso seqüestro. A Gazeta do Povo apurou que a sua chefe, a juíza federal Cristina Rocha, do Juizado Especial Federal de Curitiba, esteve na Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas no último dia 6 para registrar uma ameaça contra a sua família.

As ligações telefônicas para aplicar o golpe são feitas por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), de dentro de presídios. O carro do servidor (um Golf), que teria acompanhada a magistrada até a delegacia, foi encontrado com o número 1533 escrito no seu teto. O número é usado para substituir as iniciais do PCC, numa referência a posição das três letras no alfabeto.

Já a aplicação do golpe de falso seqüestro, que virou prática comum em Curitiba, segue o mesmo caminho feito contra a família da juíza. Alguém liga, levanta informações das vítimas e num segundo telefonema, com os dados em mãos, passa a anunciar o seqüestro e pede o pagamento de resgate, por depósito em conta-corrente. A maioria das ligações é feita a cobrar.

Segundo o boletim registrado pela juíza, alguém tinha ligado para a funcionária do irmão dela, dizendo que ele teria sofrido um acidente. A pessoa queria o telefone da família para comunicar o fato, o que a deixou preocupada, por isso ela procurou a polícia.

A Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba chega a registrar até cinco casos desse tipo de extorsão por dia na capital. Segundo o delegado Rubens Recalcatti, a maioria das ligações é feita por detentos de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Eles pedem em média de R$ 500 a R$ 5 mil.

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