Explosão de granada fere 13 pessoas em baile funk

A explosão de uma granada artesanal em um baile funk na favela de Antares, zona oeste do Rio, na madrugada desta segunda-feira (25), deixou 13 feridos, cinco deles menores de idade. De acordo com a polícia, o homem que provocou a explosão por acidente foi morto como punição pelos próprios comparsas da quadrilha de traficantes locais. Ele foi identificado como Eduardo Campos da Silva, de 31 anos, e foi visto por várias testemunhas brincando com o artefato no salão. Silva já tinha uma passagem pela polícia por tráfico de entorpecentes.

"Ele estava dançando no fim do baile com a granada nas mãos, por volta de 5h. O artefato teria caído acidentalmente, rolado até um grupo de pessoas e explodido. Estamos investigando para confirmar a versão destas testemunhas", disse o delegado-titular da 36ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz, Aguinaldo Ribeiro Silva. O corpo do suspeito foi encontrado na estrada da Urucania, nos arredores da favela de Antares, com marcas de tiros na cabeça e no peito e com ferimentos nas pernas, provavelmente provocados pelos estilhaços da granada.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, entre as vítimas, apenas Rafael Rodrigues Santos, de 19 anos, permanecia internado. Ele sofreu fratura exposta do dedão do pé direito e foi operado no fim da tarde desta segunda (25). As outras vítimas, entre elas duas mulheres e uma adolescente de 16 anos, foram atendidas com pequenos cortes provocados por estilhaços da granada, receberam curativos e foram liberadas.

O evento não era autorizado pela subprefeitura de Santa Cruz ou pelo Comando do 27º Batalhão de Polícia Militar de Santa Cruz. A polícia acredita que o baile é financiado por traficantes locais. O Conselho Tutelar de Santa Cruz informou que aguarda o relatório do hospital Pedro II, que atendeu a maioria das vítimas, para convocar os pais e pedir esclarecimentos sobre a presença dos menores no local em horário não permitido.