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A Polícia anunciou nesta quarta-feira (20) a prisão do primeiro suspeito de participação no seqüestro dos chinesesocorrido sábado (16) na estrada das Paineiras, zona sul do Rio. No entanto, a motivação para o seqüestro permanece um mistério. "Interceptações da Polícia Federal e da Polícia Civil apontam a participação dele na morte de dois PMs em julho e mostram fortes indícios de sua presença no caso dos chineses", disse o comandante do 22º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Luigi Gatto.

Foragido desde 2003, após ser condenado por roubo, o traficante de drogas e armas David Chagas dos Santos, o Vavá, de 30 anos, é acusado pela morte de dos policiais militares metralhados na lagoa Rodrigo de Freitas. Agentes federais estiveram na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) para acompanhar a prisão de Vavá, mas não falaram com os jornalistas O delegado-titular da DCOD, Marcus Vinícius Braga, lamentou o vazamento da suspeita sobre Vavá, mas confirmou que o criminoso é o principal traficante de armas para as quadrilhas da Vila Cruzeiro, local do cativeiro dos chineses, e para a favela Nova Holanda, onde Vavá foi preso. "Ele não é qualquer um. Era um dos líderes da quadrilha e estava dormindo há dois meses na Vila Cruzeiro antes de fugir para Nova Holanda, após a ocupação policial de ontem (terça-feira 19)", resumiu Braga.

O delegado confirmou que Vavá é ligado ao traficante Alexander de Jesus Carlos, o Choque. Líder do tráfico da Vila Cruzeiro, Choque é um dos suspeitos de comandar o bando que seqüestrou os chineses. Na terça (19), enquanto mais de 350 policiais civis estavam na Vila Cruzeiro, uma equipe da Delegacia Anti-Seqüestro tentou encontrar o criminoso na casa da dançarina do grupo "Gaiola das Popozudas", Rosemery Mendes Vieira, de 23 anos, apontada como uma das namoradas de Choque, mas ele não foi encontrado.

O delegado-titular da Delegacia Especializada no Atendimento ao Turista (DEAT), Fernando Veloso, que investiga o caso dos chineses, disse que acompanharia o depoimento de Vavá. Ele confirmou que os quatro suspeitos já identificados seriam traficantes da Vila Cruzeiro. O próximo passo será comparar as digitais deles com as impressões recolhidas pela perícia em um espelho encontrado na terça-feira (19) no cativeiro.

Um dos principais obstáculos para a identificação do bando é que os três chineses e o diplomata vietnamita, que conseguiram fugir 28 horas depois do seqüestro, disseram à polícia que os criminosos vestiam calça comprida, camisas de manga longa e tocas ninja. A polícia espera que imagens das câmeras da CET ajudem a identificar os outros dois carros que participaram da ação. A única placa identificada, a de um carro Toyota Hilux, era fria.

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