Os boatos que circulavam amplamente entre alunos e professores, deixando todos apreensivos, foram confirmados na tarde desta terça-feira (23): a Faculdade Evangélica do Paraná confirmou que vai fechar sete cursos. Apenas Medicina será mantido. Ainda segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da faculdade, os estudantes de Enfermagem, Medicina Veterinária, Nutrição, Psicologia, Tecnologia em Gestão Ambiental e Fisioterapia serão transferidos para "instituições parceiras", sem "qualquer prejuízo de ordem financeira ou acadêmica". O curso de Teologia também foi extinto, mas como tem apenas oito alunos, os estudantes poderão escolher para qual instituição desejam ser remanejados. A Faculdade Evangélica e o Hospital Evangélico passam por problemas financeiros e um interventor foi nomeado pela Justiça no dia 17 de dezembro.
A Gazeta do Povo recebeu ligações de duas alunas da instituição, comentando sobre o boato do fechamento dos cursos. Elas receberam informações desencontradas de professores e funcionários e não estavam conseguindo fazer a matrícula para o ano que vem o prazo abriu no dia 15 de dezembro e encerrava em 7 de janeiro. A reportagem, então, buscou informações por meio da assessoria de imprensa da instituição, que confirmou a decisão. Instantes depois, um comunicado foi postado no site da faculdade.
Informações extraoficiais, apuradas pela reportagem, dão conta de que os alunos serão remanejados para as universidades Positivo e Tuiuti (nesta, apenas Medicina Veterinária). Os estudantes teriam direito a pagar o mesmo valor de mensalidade e aqueles que têm bolsa ou financiamento manteriam os benefícios. Sobre as adaptações, que exigiriam que disciplinas adicionais sejam cursadas, também não haveria custo extra.
Tanto a Justiça, que determinou a intervenção na Faculdade, quanto o Ministério da Educação, precisam aprovar o plano de transferência. Os motivos específicos que levaram ao fechamento dos cursos como a suspeita de déficit financeiro não foram confirmados pela instituição, que também não informou quanto alunos serão afetados. Como será o processo de desligamento dos funcionários ainda não foi comunicado. Também não se sabe o que acontecerá com os recém-aprovados no vestibular.
Sentindo na pele
Para Ily Luna, que acaba de concluir o primeiro ano de Psicologia, o encerramento do curso é uma péssima notícia. Ela conta que escolheu estudar na Evangélica porque pesquisou as opções disponíveis e avaliou que, por ser uma referência na integração dos cursos de saúde com o hospital, seria mais vantajoso. Ily comenta que os alunos passaram a perceber os problemas financeiros lá pela metade do ano. "Uma lâmpada queimava e não era trocada. Logo depois os professores começaram a falar de salários atrasados".
A estudante não concorda com a transferência para outra instituição. "Eu já pesquisei as grades e não batem. Provavelmente teria que fazer o primeiro ano de novo". A aluna também lamenta que, em nenhum momento, foi consultada sobre nada. "Tudo o que escutamos é boato. Ninguém nos informa sobre o que está acontecendo", diz. Ily pretende buscar saber quais são os seus direitos, para eventual ação judicial, e acredita que houve uma quebra de contrato.
Uma estudante de Medicina Veterinária, que prefere não ter o nome divulgado, também está apreensiva com os rumos que a Faculdade Evangélica está tomando. Ela tentou contato com a instituição e não estava conseguindo confirmar as informações que circulavam no whattsapp. Ela lamenta a possível transferência, dizendo apenas que fica "triste" com o fim dos cursos.
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