A família do jovem supostamente abusado por um padre polonês no Rio anunciou nesta terça-feira (25) que pedirá indenização à Igreja Católica por danos morais. "Não há como minimizar a dor da família, mas queremos que a ação cível puna a Igreja Católica. Nestes casos, os padres e bispos sofrem sanções, mas a Igreja não toma providências internas. Desta vez, nós queremos responsabilizar a instituição, pois o abuso ocorreu em uma igreja", disse Perón Cavalcante, advogado do jovem no processo.
O padre Marcin Michal Strachanowski, de 44 anos, se entregou na sexta-feira à noite na 33ª Delegacia de Polícia e foi indiciado inicialmente por atentado violento ao pudor, mas deve responder por corrupção de menor. Ele foi transferido nesta segunda para a Penitenciária Bangu 8. O religioso teve a prisão decretada por ter abusado um garoto em março de 2007, na Paróquia de São Sebastião, em Bento Ribeiro, no subúrbio do Rio. Em seu despacho o juiz Alexandre Abrahão, da 1ª Vara Criminal de Bangu, escreveu que o padre transformou a casa paroquial em "uma masmorra erótica".
Em nota, a Arquidiocese do Rio "lamentou o ocorrido" e informou que o padre está afastado das funções paroquiais. O documento cita que o acusado também responderá a processo canônico no Tribunal Eclesiástico.
A nota informa ainda que o Strachanowski constituiu advogado próprio, mas na 33ª Delegacia de Polícia de Realengo, onde o padre se apresentou, os agentes informaram que ele chegou acompanhado de um paroquiano. Segundo os policiais, o religioso disse que o ato foi consensual. O Tribunal de Justiça do Rio informou que o caso corre em segredo de Justiça e não constam nomes dos advogados do acusado nos autos.
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