Outros casos

Nos últimos meses várias denúncias foram feitas contra possíveis abusos de autoridade em ações de policiais militares em Curitiba, e região metropolitana.

Um deles é a morte do pedreiro Édson Elias dos Santos. Santos foi morto com diversos tiros nas costas no Largo da Ordem, em fevereiro.

O outro caso é da morte do carregador Felipe Osvaldo da Guarda dos Santos, que foi fuzilado com 30 tiros no bairro Umbará após abordagem de policiais.

O governador do Paraná, Roberto Requião, chegou a dizer que Santos morreu numa ação de um esquadrão da morte, citando os 30 tiros disparados contra o rapaz que estava desarmado e no carro da mãe próximo de casa.

CARREGANDO :)

As famílias dos quatro jovens que denunciaram mais um caso de violência envolvendo policiais militares abriram uma representação criminal por abuso de autoridade e tortura junto a Polícia Civil do Paraná e enviaram cópias para a Promotoria de Investigação Criminal (PIC).

Na manhã desta segunda-feira, segundo reportagem do Paraná TV, as famílias foram até o Comando da Polícia Militar da Capital, como foram orientadas no fim de semana, mas novamente não conseguiram registrar a queixa. Por conta disso, resolveram abrir a representação criminal. Mais cedo, três dos quatro jovens supostamente agredidos fizeram exames no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.

Publicidade

No fim de semana, quatro jovens, que preferem não ser identificados, afirmam que foram agredidos por policiais da Cavalaria Montada na noite de sábado (24), em um posto de combustível. Entre os jovens havia um adolescente.

Os rapazes disseram que foram agredidos após a chegada dos policiais no posto. Em entrevista à reportagem do Bom Dia Paraná, um dos jovens disse que os policiais acusaram o grupo de rapazes de ter insultado os PMs. Então começou a violência.

As imagens mostram hematomas no corpo do jovem entrevistado. "Chegaram batendo na gente. Levaram a gente para trás do posto...O cara falou: você mexeu com a cavalaria montada e você vai apanhar", denunciou o jovem agredido, de 23 anos.

O outro lado

O Comando da Polícia Militar afirmou que abriu um inquérito para descobrir o que houve no posto de combustível. As investigações podem durar até 40 dias. Segundo as primeiras informações da PM, os jovens teriam reagido à abordagem policial.

Publicidade

"Nós já temos o testemunho de um morador próximo ao posto, que afirma que acompanhou a ação policial e afirma não ter visto nela nenhum tipo de abuso feito contra as pessoas que denunciam", afirmou o comandante do Regimento de Polícia Montada, Roberson Bondaruck.

"Se a situação mostrar que a força utilizada foi além da razoável para aquele caso, cabe não apenas risco de punição disciplinar, mas procedimento penal contra esses policiais", explica Bondaruck.