Um grupo de 80 sem-teto retirados de uma área de ocupação no bairro Fazendinha, na quinta-feira (23), esteve na sede da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) na manhã desta sexta-feira (24). Eles se reuniram com o diretor-presidente, Mounir Chaowiche, para pedir uma solução para as famílias que ficaram desabrigadas.
O diretor explicou aos sem-teto que a Cohab não possui recurso para fazer o atendimento de emergência das famílias. A orientação foi de que todos devem fazer a inscrição no órgão e esperar na fila até que haja lotes disponíveis para os sem-teto. Atualmente, cerca de 56 mil família aguardam na fila para receberem um lote.
De acordo com a coordenadora da União Nacional pela Moradia Popular, Maria das Graças Silva de Souza, que tem auxiliado os sem-teto, o grupo já previa que não haveria um avanço na solução do problema. "A gente já tinha escutado ele (Mounir) falando isso, mas queríamos ouvir da boca dele", afirma. Ela conta que algumas famílias já estão na fila da Cohab há 17 anos.
Maria das Graças disse, ainda, que parte das famílias ainda está no local da invasão cuidando de móveis e eletrodomésticos, até que seja decidida para onde serão levados. Ela disse que muitos perderam parte da mobília, molhada pela chuva que caiu durante a noite. Ainda segundo a coordenadora, crianças foram abrigadas em uma igreja e algumas famílias estão em um albergue da prefeitura.
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