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Marcelo, Jadir, Zilma, Tabata, Lila e Jucilene: mobilização local impediu a prorrogação de uso do aterro da Caximba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Marcelo, Jadir, Zilma, Tabata, Lila e Jucilene: mobilização local impediu a prorrogação de uso do aterro da Caximba| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A 18 dias do prazo final para en­­cerrar as atividades no aterro da Caximba, os moradores do bairro localizado no extremo sul de Curitiba estão confiantes que o lugar não receberá mais lixo. Para eles, a proximidade da desativação é carregada de expectativa e representa uma grande vitória, mas não termina com os problemas de quem mora no local.

Mesmo com a interrupção da chegada de resíduos, os moradores estão cientes de que será preciso esperar alguns anos para que o mau cheiro e o contato com animais como ratos, baratas e urubus diminuam. A causa da preocupação são os passivos ambientais que ainda permanecerão no local por aproximadamente 30 anos. "O lixo vai embora, mas na verdade não vai. Queremos saber como vai ficar aqui, se irão continuar cuidando do aterro ou se ele será abandonado de vez", diz Jucilene Aparecida Oche­liski, que mora há 38 anos no bairro e acompanhou da janela de sua casa o crescimento da Caximba.

O cuidado com os resíduos será o foco das novas mobilizações dos moradores, caso o espaço realmente deixe de funcionar no dia 1.º de novembro. Para a artesã Lila Oslicki, a transferência do aterro para outro município irá impedir que o bairro fique cercado pelo lixo. De acordo com ela, a população estava receosa de que novas áreas do bairro fossem usadas para acomodar os resíduos. "Será muito melhor que pare de chegar lixo, mas vamos ficar monitorando a situação dos passivos", alerta.

Contagem regressiva

A partir do dia 22 de outubro, quando faltarão 10 dias para o prazo final de funcionamento do aterro da Caximba, os moradores irão fazer diariamente uma contagem regressiva. Além das faixas de protesto, que há tempos estão fixadas nos muros das casas, serão estourados foguetes diariamente às 6, 12 e 18 horas, como forma de alertar a população e o poder público de que a atividade no aterro está chegando ao fim. No dia 31, véspera da data limite, os moradores farão uma vigília e no dia 2 de novembro uma missa campal no bairro.

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