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rio de janeiro

Fogo na Petrogold aumenta, causa nova explosão e atinge mais casas

 | Antonio Lacerda/EFE
(Foto: Antonio Lacerda/EFE)
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O incêndio que atinge um depósito de combustível da Petrogold, em Duque de Caxias, desde a manhã desta quinta-feira (23) começou a piorar por volta das 19h. Mais um tanque do depósito da empresa explodiu e moradores dizem que o fogo passou a atingir novas casas.

Uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas no incêndio. A expectativa dos bombeiros é de que as chamas sejam controladas apenas na sexta-feira (24).

No início da noite, carros-pipa chegaram ao local para abastecer os caminhões dos bombeiros. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli disseram que só será possível determinar a causa do acidente nesta sexta-feira, se o incêndio já estiver controlado.

O fogo começou por volta das 10h40 no bairro residencial Jardim Primavera, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Os bombeiros interditaram quatro quarteirões da região e desocuparam casas do entorno, que foram atingidas pelas chamas. Uma escola também foi esvaziada.

A vendedora Marinelza de Oliveira saiu de casa às pressas, pouco antes da moradia dela ser consumida pelo fogo. "Nunca tinha visto algo desse tipo em três anos que moro aqui. O cheiro de combustível era muito forte e minha filha passou mal. Os vizinhos me avisaram que estava pegando fogo, em seguida. Deixei tudo para trás. Minha casa está completamente destruída", afirmou.

Escola

O incêndio causou pânico entre funcionários e alunos da escola municipal Anton Dworsak, situada a aproximadamente 100 metros do foco das chamas, no bairro Jardim Primavera.

Minutos após o início do fogo, a coordenação decidiu fechar o colégio. Quando todos começaram a sair, houve uma outra explosão. "Uma nuvem de fogo veio na direção do colégio, levada pelo vento. Foi um momento desesperador, achei que íamos morrer. Todo mundo saiu correndo e aquele fogaréu vindo em nossa direção. Dava para sentir o calor", disse Rosângela Martins da Silva, 45, diretora da escola desde 2009.

A escola Anton Dworsak fica na esquina da rua Geraldo Rocha -onde fica o depósito de combustível- com a Onofre Silva, via que serviu de rota de fuga para o grupo.Em razão de uma greve de professores, no momento do incêndio havia apenas uma turma de dez alunos em aula, na faixa etária de nove anos. Outros dez funcionários do setor administrativo e um professor estavam no local.

Ao saber do incêndio, a diretora decidiu fechar a escola. Mas ela só se deu conta do perigo ao falar com um bombeiro na entrada do colégio.

"Ele disse para todos saírem imediatamente, que era muito perigoso ficar por ali. Naquele momento, houve a explosão, parecia uma bomba. As pessoas começaram a gritar enquanto fugiam", lembra Rosângela, que entrou em contato com os pais dos alunos assim que soube do fogo.

Duas crianças, residentes na área do incêndio, permaneceram sob os cuidados da diretora.

"Os pais delas estavam no trabalho. Sei que elas moram na rua atrás do depósito, em casas que já foram atingidas pelo fogo", lamentou Rosângela.

De acordo com a diretora, os depósitos da região causam transtornos à rotina dos moradores. Com frequência, o trecho em frente a escola vira estacionamento para os caminhões de combustível que ocupam as ruas ao redor dos tanques de armazenamento.

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