Curitiba Passeata e guerra de travesseiros
Curitiba A Boca Maldita foi o palco ontem das principais manifestações de curitibanos contra a vinda do presidente George Bush ao Brasil. O protesto promovido por sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores e pela Marcha Mundial das Mulheres teve a maior duração, quase três horas. Cerca de 100 pessoas andaram da Praça Santos Andrade até a Praça Osório, onde queimaram a bandeira dos Estados Unidos em frente ao McDonalds, com um apitaço e gritos de "Fora Bush".
"Fizemos uma espécie de Via Sacra contra a violência à mulher e quisemos mostrar a nossa indignação contra a presença de Bush", afirmou Rosani Moreira, do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Paraná.
Estudantes da Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) preferiram um manifesto lúdico: fizeram uma guerra de travesseiros de cinco minutos. O evento contou com a participação de 30 jovens. "Guerra, só de travesseiros", brincou Lucas Buchile, estudante de Artes Cênicas da FAP.
Denise Drechsel
São Paulo Lojas do McDonalds atacadas, bandeiras dos EUA queimadas, bonecos de George W. Bush enforcados. Milhares de pessoas ontem foram às ruas em 17 estados para protestar contra a chegada do presidente norte-americano a São Paulo.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, um confronto entre manifestantes e policiais deixou cinco feridos três manifestantes, uma tenente da Polícia Militar e um fotógrafo. Durante a manifestação, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que entraram em confronto com PMs. Os manifestantes responderam com pedras e paus. Segundo a PM, 6.000 pessoas estavam no local. A organização do evento falava em 20 mil pessoas.
No Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas, incluindo estudantes e militantes de PSTU e PSol, cercaram com uma corda o consulado norte-americano. Eles jogaram um saco plástico com tinta vermelha em um segurança. Em São Luís (MA), o governador Jackson Lago (PDT), usando um boné do MST, participou do enforcamento de um boneco representando Bush. A manifestação, assim como no resto do Brasil, também celebrou o Dia Internacional da Mulher. Lago afirmou que a data simbolizava a "crueldade e a dureza do grande capital estrangeiro no país e a luta das mulheres por seus direitos".
Em Goiânia (GO), manifestantes ligados à Via Campesina e ao MST elegeram as lojas do Wal-Mart e do McDonalds como alvos. Cerca de 800 pessoas atiraram tomates na lanchonete. Durante uma passeata, foi enforcado e queimado um boneco de Bush. Na Bahia, 3.500 pessoas participaram de uma caminhada no centro de Salvador. Com um trio elétrico para animar o público, o protesto, comandado pelo Grupo Gay da Bahia, começou com a queima de três bonecos representando o presidente dos EUA. Os cartazes diziam "Fora Bush, abaixo o imperialismo americano machista e homofóbico".
No Ceará, 600 pessoas ficaram em frente a uma loja do McDonalds de Fortaleza exibindo uma faixa que dizia "Bush, inimigo número um da humanidade". Em Manaus (AM), 200 estudantes usaram máscaras de Bush com o bigode de Hitler e levaram faixas contrárias ao presidente nas quais se lia "Bush, tira as patas do Iraque".
Já em Porto Alegre (RS), estudantes e sem-terra queimaram bandeiras dos EUA e um boneco de Bush. A manifestação não poupou o presidente Lula. Para os estudantes, Lula é "amigo" de Bush. Também houve protestos em Alagoas, Sergipe, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Pará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais e Pernambuco.
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