A Guarda Municipal (GM) tornou-se uma aliada da população de Foz do Iguaçu. As patrulhas realizadas diariamente nos bairros e o atendimento social prestado transformou o serviço em um mecanismo essencial para reduzir os índices de criminalidade na cidade turística. Criada há 11 anos, a corporação recentemente ganhou destaque com a implantação do projeto Patrulha nos Bairros – um investimento de R$ 1,9 milhão, feito inteiramente pela prefeitura.

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Por meio da iniciativa, cinco viaturas patrulham cinco regiões da cidade durante 24 horas. A meta é ampliar o número de viaturas para 16 nos próximos anos. "Remanejamos recursos de outras secretarias para conseguirmos o montante suficiente", diz o diretor da GM e Secretário Municipal de Segurança Pública, Renato Ribeiro Peres.

Para desempenhar a tarefa, os guardas dispõem de viaturas blindadas, coletes à prova de balas, celulares, binóculos, câmera digital e filmadora. Na Vila Portes, bairro na fronteira com o Paraguai, quatro câmeras de vídeo monitoram a movimentação nas ruas, auxiliando na vigilância.

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Para acionar os guardas, a população liga para o telefone celular do chefe da patrulha, chamado de Xerife. Cada equipe recebe de sete a 15 ligações por turno, conforme o bairro. Segundo os guardas, a população vem contribuindo cada vez mais com denúncias, o que garante a melhoria no atendimento. Além da viatura, duas motos também auxiliam no patrulhamento. O trabalho da patrulha nos bairros, iniciado há dois meses, tem apresentado resultados satisfatórios – inclusive em relação ao desarmamento.

Segundo estatísticas da GM, nos últimos três anos os guardas apreenderam 68 armas na cidade. Neste ano, com a mudança da filosofia de trabalho, o número de armas apreendidas já chegou a 93, das quais 46 foram retidas pelas equipes da patrulha nos bairros.

Os atendimentos não se limitam a casos de polícia. A GM já fez até partos improvisados e também encaminha crianças ao Conselho Tutelar e pessoas aos albergues da cidade. "O bem maior é a vida", diz o diretor da Guarda. Ele afirma que, do total de atendimentos deste ano, as ocorrências policiais não passam de 15%.

Os guardas atuam armados e têm autoridade para parar veículos e fazer vistorias. Por isso, é grande o número de apreensões de drogas. Outra atribuição é o apoio ao trânsito, em um trabalho realizado junto a Polícia Militar (PM) e Instituto de Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans). Recentemente, a GM também passou a trabalhar com a Promotoria de Investigações Criminais (PIC) a partir de um convênio inédito firmado com o Ministério Público do Paraná. Por meio do acordo, dois guardas estão atuando no setor de combate ao crime organizado e narcotráfico da PIC.

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