Terminou sem acordo a reunião que discutiu alternativas para pôr fim à paralisação de policiais militares da Bahia. Após sete horas de negociações, a informação da Secretaria de Comunicação do governo é a de que "as partes ficaram de analisar as propostas e as contrapropostas" apresentadas na reunião. Mais cedo, o governo expressou a expectativa de que a situação pudesse ser resolvida ainda nesta terça-feira (7).
O principal ponto que emperra a negociação de um acordo são os mandados de prisão emitidos pela Justiça para 12 líderes do movimento.
Participaram da rodada de negociações representantes de cinco entidades de classe de policiais militares e bombeiros, o presidente da seccional da Bahia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Saul Quadros; o secretário da Casa Civil, Rui Costa; o secretário da Administração do Estado, Manoel Vitório; o comandante-geral da Polícia Militar (PM) da Bahia, coronel Alfredo Castro; além do secretério de Segurança Pública, Maurício Barbosa. A reunião foi intermediada pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger.
Grevistas cantam que "o carnaval acabou" Após receberem a notícia de que haviam falhado as negociações para que a greve parcial da PM na Bahia fossem encerradas, os grevistas amotinados na Assembleia Legislativa da Bahia e os que estão do lado de fora do prédio começaram a cantar que "o carnaval acabou", numa alusão à manutenção da paralisação até a próxima semana.
A movimentação dos grevistas fez com que as tropas do Exército voltassem à formação do cordão de isolamento da Assembleia e que chegassem mais militares à área, mas não houve confronto.
De acordo com o comandante-geral da PM do Estado, coronel Alfredo Castro, não há possibilidade de a greve atrapalhar a festa popular, tida como a maior do mundo. "Teremos um carnaval tranquilo, como tem sido a festa nos últimos anos, com a Polícia Militar atuando nas ruas", afirma. "Não há razão para acreditar em outra possibilidade."
Segundo o governador Jaques Wagner, não houve nenhuma modificação no planejamento da festa. "Vamos iniciar o transporte dos policiais do interior para a capital, ação que dá início à Operação Carnaval, no dia 14", afirma. "Entre logística e pagamento de adicionais pela atuação na festa, o Estado vai investir R$ 30 milhões."
Líder é preso
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (7) o sargento Elias Alves de Santana, dirigente da Associação dos Profissionais de Polícia e Bombeiros (Aspol). De acordo com nota publicada no site do governo da Bahia, ele é um dos líderes da greve dos policiais militares do estado.
Santana é o segundo a ser preso da lista dos 12 mandados de prisão emitidos pela Justiça. No domingo (5), já havia sido preso o soldado Alvin dos Santos Silva, que é lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (Coppa).
Os policiais presos são acusados de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público. De acordo com o governo baiano, além dos crimes, os policiais vão passar por um processo administrativo na própria corporação.
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