Moradores de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, ficaram assustados neste fim de semana com uma nuvem de fuligem vinda da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que invadiu as casas da região. A Secretaria Estadual do Ambiente fixou prazo de 30 dias para que a empresa resolva o problema da poluição do ar no local e informou que a CSA poderá ser multada por não ter informado o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) sobre o problema.
O incidente aconteceu menos de uma semana depois de a pasta afirmar que os procedimentos adotados pela CSA para o alto-forno 2 eram adequados e seguros. Por isso, a empresa recebeu autorização para iniciar o funcionamento do equipamento.
Em agosto, o Inea multou a siderúrgica em R$ 1,8 milhão por poluir o ar com material particulado. A punição ocorreu depois de uma vistoria que comprovou que a CSA não comunicou ao Inea problemas com o alto-forno 1, impedindo assim que fossem tomadas providências para minimizar as emissões.
A CSA informou, por meio de nota, que "um defeito em um guindaste da aciaria obrigou ao descarte de ferro gusa nos poços de emergência licenciados para esse fim". Conforme a empresa, "ventos fortes fizeram com que poeira de grafite fosse arrastada para as comunidades vizinhas na manhã do dia 26".
A empresa informa que o "problema já foi totalmente corrigido". De acordo com o comunicado, "as estações de monitoramento de qualidade do ar indicam ainda que não houve, durante toda a duração do episódio, qualquer violação dos padrões legais".