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Paralisação

Funcionários do Evangélico no Bigorrilho decidem suspender greve

Funcionários do Hospital Evangélico do bairro Bigorrilho, em Curitiba, decidiram em uma assembleia realizada no início da tarde desta quarta-feira (9) que vão aguardar a regularização dos pagamentos atrasados e que, por enquanto, não vão entrar em greve.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Saúde (Sindesc), a administração do hospital afirmou que os pagamentos atrasados, bem como a segunda parte do 13º salário e o vale-alimentação referente a este mês serão quitados até o dia 29 de janeiro. Se isso não for cumprido, os funcionários poderão se organizar novamente e programar nova paralisação das atividades.

De acordo com a presidente do Sindesc, Isabel Cristina Gonçalves, a decisão foi motivada, sobretudo, pelo diálogo que a direção do hospital manteve com os trabalhadores durante os últimos dias. "A postura da direção em abrir diálogo com os trabalhadores, esclarecer os fatos, colocar os números ajudou muito nessa decisão", disse.

Bairro Novo

Mesmo com o fim dos rumores de greve por parte dos trabalhadores do Evangélico do bairro Bigorrilho, os trabalhadores do hospital do Bairro Novo, também em Curitiba, decidiram que vão manter os braços cruzados até que a mesma negociação seja feita com eles.

Neste prédio, ficam os serviços de maternidade e o Centro de Especialidades, cujo quadro de trabalhadores é formado também por funcionários da prefeitura.

Conforme a diretora do Sindesc, Roseli Struszike, a direção do hospital não garantiu o pagamento dos salários atrasados, da segunda parcela do 13º salário e do vale alimentação para quem trabalha nesses serviços e que, por isso, não haverá retorno ao trabalho até que as negociações sejam feitas. No centro de especialidades, apenas as consultas eletivas foram mantidas. Os trabalhos dos funcionários da prefeitura, contudo, prosseguem normalmente.

Já na maternidade, 30% dos funcionários estão trabalhando para garantir o atendimento mínimo do local.

Outro lado

Em nota, a direção do Hospital Evangélico disse que continua dialogando com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e com o Sindesc para "equacionar os problemas dos repasses financeiros no menor tempo possível".

Quanto aos atendimentos, a hospital informou que decidiu priorizar os atendimentos aos pacientes internados e, por isso, reduziu temporariamente os atendimentos de urgência e emergência.

Atraso no pagamento

Os funcionários estão com o 13º salário e os vencimentos de dezembro de 2012 atrasados. O impasse no pagamento envolve também os servidores do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades, ambos do Bairro Novo. A Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), que administra o hospital, atribui o atraso no pagamento dos colaboradores à falta de repasses da prefeitura de Curitiba.

O Hospital Evangélico é gerido pela SEB, mas mantém convênios federais, estaduais e municipais. O estabelecimento afirmou, em nota, nesta terça-feira (8), que a prefeitura de Curitiba ainda não havia efetuado os repasses dos meses de novembro e dezembro de 2012.

Repasses começaram a ser pagos

Na tarde desta terça-feira, a prefeitura de Curitiba informou que os repasses atrasados começaram a ser pagos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as dívidas chegavam a R$ 3,2 milhões. Na segunda-feira, pouco mais da metade deste valor - R$ 1,7 milhão - foi depositada nas contas da SEB. Por conta do expediente bancário, o dinheiro deveria estar disponível ao Evangélico nesta quarta-feira.

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