Funcionários do Hospital de Clínicas contratados pela Fundação da UFPR (Funpar) aprovaram, na quinta-feira (27), indicativo de greve para 10 de abril. Eles pedem a reversão da decisão judicial de demissão coletiva de 916 funcionários cerca de um terço do total de trabalhadores , atendendo a um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Na segunda-feira (31), os trabalhadores planejam sair em caminhada da sede do sindicato da categoria, o Sindtest-PR, até o MPT. A saída foi marcada para as 7h. Além da reversão judicial, eles pedem estabilidade e plano de carreira. A UFPR, via assessoria de imprensa, diz que está buscando uma solução para os funcionários contratados via Funpar.
Até 1996, foram contratados servidores em regime celetista pela Funpar, mas a modalidade foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades. Em 2006, a UFPR assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o MPT comprometendo-se a regularizar a situação de seu quadro de servidores até 31 de dezembro de 2010. Até essa data, o HC teria de demitir todos os funcionários contratados via Fundação e aguardar a abertura de concursos públicos, mas conseguiu prorrogar a data até este ano.
Greve dos técnicos
A greve do servidores técnico-administrativos das universidades federais do Paraná e do Hospital de Clínicas (HC) entrou em seu nono dia nesta sexta-feira (28), como parte de uma mobilização nacional. Na terça-feira (1) pela manhã, a categoria realiza assembleia para discutir os rumos da paralisação. Até o momento, segundo o Sindtest, não houve negociação.
A biblioteca e os restaurantes universitários da UFPR estão fechados pela falta de servidores. No fim da tarde desta sexta, grevistas e representantes da universidade estavam reunidos para discutir a reabertura dos restaurantes. À noite, ninguém foi localizado para informar os resultados do encontro.
A UFPR contabilizou, nesta sexta, 113 faltantes entre os 1,9 mil servidores federais do HC. O funcionamento do hospital sofre impactos mesmo com a baixa adesão, de acordo com a universidade, porque a unidade já funciona com cotas reduzidas. Dos 214 leitos, 19 estão comprometidos pela falta de funcionários.
Por conta da greve, segundo a UFPR, a ala de tomografia só atende casos de emergência. Serviços de ressonância magnética e atendimentos no centro obstétrico também só estão atendendo emergências. Exames laboratoriais, raio X e consultas ambulatoriais não forma afetadas.