• Carregando...
Manifestantes pararam o trânsito e congestionamento na Vicente Machado e na Visconde do Rio Branco ficou "a perder de vista" na manhã desta segunda-feira | Felippe Aníbal/Gazeta do Povo
Manifestantes pararam o trânsito e congestionamento na Vicente Machado e na Visconde do Rio Branco ficou "a perder de vista" na manhã desta segunda-feira| Foto: Felippe Aníbal/Gazeta do Povo

Servidores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest), principalmente ligados ao Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram um ato na manhã desta segunda-feira (31) em frente ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em defesa de seus empregos. A manifestação fechou a Avenida Vicente Machado, na altura do MPT, por cerca de 1h. O trecho foi reaberto por volta das 12h e ainda há reflexos no trânsito da região.

A liberação do trânsito ocorreu logo após o procurador do Trabalho, Ricardo Bruel da Silveira, aceitar se reunir com 13 representantes do Sinditest. Os sindicalistas tentavam sensibilizá-lo da condição dos trabalhadores, de acordo com a diretora do Sinditest Carla Cobalchini. A Justiça do Trabalho determinou que o Hospital de Clínicas (HC) exonere todos os 916 funcionários contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). Ela conta também que os servidores fizeram uma petição e pediram um prazo maior para as demissões, de 180 dias, para pensar em outras soluções, mas que o documento ainda não foi analisado pelo órgão.

"A decisão do Tribunal Regional do Trabalho [TRT, de demitir os funcionários] é baseada num acordo feito entre o MPT e a UFPR. Qualquer que seja o parecer do MPT, o TRT vai acatar. Então queremos sensibilizar o órgão sobre a situação dos trabalhadores que estão com seus empregos em risco, para que MPT e UFPR cheguem a um novo acordo sobre a situação destes servidores", explicou em entrevista na última sexta-feira.

Reunião

Segundo o Sinditest, o procurador deve dar o parecer sobre o caso até 5 de abril. A categoria se reúne em assembleia, em 7 de abril, para decidir se a greve programada para começar no dia 10 será suspensa ou mantida. O MPT informou que as negociações agora dependem da reitoria da universidade.

De acordo com a diretora do Sinditest Carla Cobalchini, a categoria considerou que hoje foi um dia de vitória, que já que os funcionários do HC foram ouvidos.Segundo ela, o procurador disse a eles que fará um esforço de entendimento pela situação dos trabalhadores da Funpar.

Manifestação

A manifestação contou com um carro de som e reúne cerca de 150 pessoas com faixas com os dizeres "Somos Todos Funpar".

Caso as reivindicações não sejam atendidas, os servidores já se decidiram por uma paralisação geral, a ser deflagrada no dia 10 de abril. A greve é um protesto também à reitoria da UFPR, que, segundo o Sinditest, tem indicado negociações com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a estatal criada dentro do Ministério da Educação (MEC) para administrar os hospitais universitários federais. O Sindicato discorda de que a implementação da empresa, que demitirá todos os trabalhadores contratados via fundação para contratar novos servidores por meio de concurso público e sob o regime da CLT, seja a única saída para a crise de falta de pessoal do HC.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]