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Curitiba

Funcionários do Hospital Evangélico mantêm greve

Evangélico: funcionários em greve pedem pagamento de salários atrasados | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Evangélico: funcionários em greve pedem pagamento de salários atrasados (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)
Paralisação não abrange a classe médica, ligada ao Sindicato dos Médicos do Paraná Simepar |

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Paralisação não abrange a classe médica, ligada ao Sindicato dos Médicos do Paraná Simepar

A greve dos funcionários fechou o Centro Médico, onde são realizados os atendimentos ambulatoriais |

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A greve dos funcionários fechou o Centro Médico, onde são realizados os atendimentos ambulatoriais

Funcionários do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba estão de braços cruzados nesta segunda-feira (15). Pelo menos 70 trabalhadores, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e pessoal do serviço administrativo e de limpeza, estão concentrados em frente à instituição de saúde desde as 6h30. Eles reivindicam o pagamento do salário referente a agosto, atrasado há dez dias.

A direção do hospital, via assessoria de imprensa, informa que o pagamento foi efetuado na tarde desta segunda, a partir das 12 horas, e logo deve aparecer na conta dos funcionários. O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), Natanael Marchini, relatou que não havia sinal da transferência até as 16 horas.

A paralisação não abrange a classe médica, ligada ao Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar). A assessoria de imprensa do Simepar confirmou que a categoria segue com os serviços nesta segunda-feira, mas não descarta a possibilidade de uma paralisação desses médicos, já que eles também estão com salários atrasados.

Atendimentos

A greve dos funcionários fechou o Centro Médico, onde são feitos cerca de 600 atendimentos ambulatoriais por dia. São pessoas que ficam em média seis meses na fila, muitas vezes vindas do interior do estado, segundo a administração do hospital.

A instituição pretende remarcar os exames marcados para esta segunda-feira o mais rápido possível, sem jogar esses pacientes para o final da fila. Os atendimentos no Hospital Evangélico, onde são realizados atendimentos de urgência, emergência e cirurgias, estão normalizados.

Greve continua

Conforme Natanael Marchini, diretor do Sindesc, a paralisação será mantida até que o hospital comprove o depósito das remunerações em atraso. Segundo a entidade, a promessa da direção da instituição de saúde é de que os pagamentos sejam efetuados ainda nesta segunda-feira. Além dos salários, o vale-alimentação também está pendente. "Vamos aguardar o comprovante porque eles [diretores] já tinha prometido que os salários iriam cair na sexta (12), mas não depositaram", falou.

A manifestação ocorre em frente ao Hospital Evangélico, na Alameda Augusto Stellfeld, no Bigorrilho. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), o trânsito é lento na região por causa dos protestos.

Falta de pagamento

Na sexta-feira (12), quando foi anunciada a paralisação, a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que o atraso no pagamento dos cerca de 3 mil funcionários – incluindo médicos – ocorre porque o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), não tinha os repasses à instituição equivalentes aos serviços prestados no mês passado. Atualmente, cerca de 92% dos atendimentos do hospital são pelo SUS.

Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelos repasses que vêm do SUS, disse que não há atraso nos pagamentos feitos pelo órgão federal – cerca de R$ 9,3 milhões por mês. Deste total, R$ 2 milhões ficam retidos no Fundo Nacional de Saúde para pagar empréstimos feitos pelo HE junto a bancos. A secretaria explica que o pagamento às instituições é feito ao longo de todo o mês, com rubricas específicas para cada serviço contratado.

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