Atendimentos feitos em garagem do Evangélico serão transferidos até novembro
Três especialidades do ambulatório do Hospital Evangélico (HE), que fica na Alameda Doutor Carlos de Carvalho, em Curitiba, serão remanejadas para um novo endereço até a primeira quinzena de novembro. A mudança atende uma determinação da Vigilância Sanitária do município, que, em julho, solicitou várias adequações estruturais no local onde atualmente são realizadas as consultas de ortopedia, oftalmologia e ginecologia e obstetrícia. Leia matéria completa.
Funcionários do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba estão de braços cruzados nesta segunda-feira (15). Pelo menos 70 trabalhadores, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e pessoal do serviço administrativo e de limpeza, estão concentrados em frente à instituição de saúde desde as 6h30. Eles reivindicam o pagamento do salário referente a agosto, atrasado há dez dias.
A direção do hospital, via assessoria de imprensa, informa que o pagamento foi efetuado na tarde desta segunda, a partir das 12 horas, e logo deve aparecer na conta dos funcionários. O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), Natanael Marchini, relatou que não havia sinal da transferência até as 16 horas.
A paralisação não abrange a classe médica, ligada ao Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar). A assessoria de imprensa do Simepar confirmou que a categoria segue com os serviços nesta segunda-feira, mas não descarta a possibilidade de uma paralisação desses médicos, já que eles também estão com salários atrasados.
Atendimentos
A greve dos funcionários fechou o Centro Médico, onde são feitos cerca de 600 atendimentos ambulatoriais por dia. São pessoas que ficam em média seis meses na fila, muitas vezes vindas do interior do estado, segundo a administração do hospital.
A instituição pretende remarcar os exames marcados para esta segunda-feira o mais rápido possível, sem jogar esses pacientes para o final da fila. Os atendimentos no Hospital Evangélico, onde são realizados atendimentos de urgência, emergência e cirurgias, estão normalizados.
Greve continua
Conforme Natanael Marchini, diretor do Sindesc, a paralisação será mantida até que o hospital comprove o depósito das remunerações em atraso. Segundo a entidade, a promessa da direção da instituição de saúde é de que os pagamentos sejam efetuados ainda nesta segunda-feira. Além dos salários, o vale-alimentação também está pendente. "Vamos aguardar o comprovante porque eles [diretores] já tinha prometido que os salários iriam cair na sexta (12), mas não depositaram", falou.
A manifestação ocorre em frente ao Hospital Evangélico, na Alameda Augusto Stellfeld, no Bigorrilho. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), o trânsito é lento na região por causa dos protestos.
Falta de pagamento
Na sexta-feira (12), quando foi anunciada a paralisação, a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que o atraso no pagamento dos cerca de 3 mil funcionários incluindo médicos ocorre porque o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), não tinha os repasses à instituição equivalentes aos serviços prestados no mês passado. Atualmente, cerca de 92% dos atendimentos do hospital são pelo SUS.
Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelos repasses que vêm do SUS, disse que não há atraso nos pagamentos feitos pelo órgão federal cerca de R$ 9,3 milhões por mês. Deste total, R$ 2 milhões ficam retidos no Fundo Nacional de Saúde para pagar empréstimos feitos pelo HE junto a bancos. A secretaria explica que o pagamento às instituições é feito ao longo de todo o mês, com rubricas específicas para cada serviço contratado.
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