Atendimentos feitos em garagem do Evangélico serão transferidos até novembro
Três especialidades do ambulatório do Hospital Evangélico (HE), que fica na Alameda Doutor Carlos de Carvalho, em Curitiba, serão remanejadas para um novo endereço até a primeira quinzena de novembro. A mudança atende uma determinação da Vigilância Sanitária do município, que, em julho, solicitou várias adequações estruturais no local onde atualmente são realizadas as consultas de ortopedia, oftalmologia e ginecologia e obstetrícia. Leia matéria completa.
Funcionários do Hospital Evangélico, em Curitiba, prometem cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (15) porque estão com os pagamentos referentes a agosto atrasados há uma semana. A interrupção das atividades será feita por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, equipes do setor administrativo e da limpeza e da cozinha da instituição de saúde. Médicos, a princípio, não irão aderir ao movimento.
A decisão de parar os serviços foi definida na manhã desta sexta-feira (12) pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), que representa a categoria. De acordo com o órgão, os honorários de agosto venceram no dia 5 de setembro. Alguns funcionários ainda reclamam de que haveria irregularidades em depósitos o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e no pagamento das férias e benefícios como vale-transporte e vale-alimentação.
A entidade informou que o indicativo de greve já foi protocolado no Ministério do Trabalho, e que a paralisação dos funcionários começa já pela manhã, com concentração em frente ao hospital.
Impasse
A assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que o atraso no pagamento dos cerca de três mil funcionários incluindo médicos ocorre porque o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), não fez os repasses à instituição equivalentes aos serviços prestados no mês passado. Atualmente, cerca de 92% dos atendimentos do hospital são pelo SUS.
Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelos repasses que vêm do SUS, disse que não há atraso nos pagamentos feitos pelo órgão federal cerca de R$ 9,3 milhões por mês. O que ocorre é que, deste total, R$ 2 milhões ficam retidos no Fundo Nacional de Saúde para pagar empréstimos feitos pelo HE junto a bancos.
Crise
O Hospital Evangélico enfrenta dificuldades financeiras que têm causado problemas constantes na prestação de serviço. No mês passado, o pronto-socorro da instituição fechou por duas vezes. Na primeira delas, no dia 19 de agosto, o PS foi interrompido por 24 horas porque faltavam medicamentos. Oito dias depois, atrasos nos pagamentos com o fornecedor de oxigênio obrigou a unidade a fechar as portas por 22 horas.
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