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Estudo de Fruet apontou PPP como solução para o lixo de Curitiba e região

Estudo de Fruet apontou PPP como solução para o lixo de Curitiba e região | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Estudo de Fruet apontou PPP como solução para o lixo de Curitiba e região (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Logo depois das eleições, Gustavo Fruet (PDT) atendeu a pedido de Rafael Greca (PMN) e desistiu de lançar uma primeira licitação para solucionar a questão do lixo em Curitiba. Após um ano de estudos, em junho de 2016, Fruet tinha anunciado um novo modelo, baseado em parceria público-privada, para a limpeza pública, a coleta e o tratamento de resíduos na capital paranaense, e que deveria tomar corpo em duas etapas. Ainda no segundo semestre do ano passado, ele pretendia lançar uma licitação internacional para a escolha de uma empresa que cuidaria da limpeza pública, coleta e separação de resíduos. Também haveria uma consulta pública para ouvir a população sobre a proposta. Fruet desistiu dessa primeira etapa e a deixou, junto com uma segunda, que consistia em licitar o tratamento dos resíduos, para Greca.

Embora Fruet tenha desistido de dar prosseguimento à solução para o lixo, Greca não poderá descartar tudo o que já foi feito: o novo modelo proposta para a gestão do lixo foi resultado de um estudo de R$ 5,2 milhões encomendado International Finance Corporation (IFC), um braço do Banco Mundial, mas a prefeitura tem a responsabilidade de pagar apenas 25% do custo dessa pesquisa – o restante deverá ser pago pelos vencedores das licitações que ainda serão feitas.

Segundo o secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur, a nova gestão já está analisando o estudo e a proposta resultante dele para tomar uma medida o mais rápido possível, afinal, o contrato emergencial de destinação dos resíduos da capital vence no próximo mês de abril. Hoje, os serviços de limpeza, coleta e transporte de resíduos em Curitiba são realizados pela Cavo. Já a destinação final de mais de 90% dos resíduos é feita em um aterro da Estre, em Fazenda Rio Grande, desde que o aterro da Caximba foi fechado, em 2010.

O grande calcanhar de aquiles do sistema atual é o passeio do lixo por Curitiba. Uma sacola de lixo colocada em frente a uma casa no bairro Cachoeira, no extremo Norte de Curitiba, roda 48 quilômetros até ser depositada no aterro sanitário que fica em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. O passeio custa caro e consome 70% dos custos com o gerenciamento de resíduos da cidade. Somente um novo modelo de gestão de resíduos pode mudar isso e outros problemas do serviço atual.

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