Taxistas de Curitiba e pelo menos outras cinco capitais protestaram contra o aplicativo Uber em frente à Justiça Federal, nesta quinta-feira (7), em Curitiba. O grupo se reuniu na cidade para divulgar um documento com argumentos jurídicos e econômicos contra o Uber. Após protocolar o documento na 13.ª Vara Federal do Paraná, onde trabalha o juiz Sergio Moro, uma comitiva encontrou pessoalmente o juiz, que é responsável pelos casos da Operação Lava Jato, na secretaria da Vara. O encontro ocorreu algum tempo depois do encerramento do protesto no local e não foi acompanhado pela reportagem.
Depois da conversa, o grupo se dividiu em dois, para entregar o mesmo documento ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF). O documento, que teria 300 páginas e teria sido produzido por advogados e assessores de empresas de táxi do país e organizado pelo vereador de São Paulo Adilson Amadeo (PTB), estaria recheado de denúncias de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra a multinacional de mobilidade. A reportagem não teve acesso ao dossiê.
Segundo Marcelo Araújo, advogado especialista em trânsito, ex-presidente da Comissão de Trânsito da OAB-PR – a comissão está inoperante no momento, mas deve ser reinstalada pela entidade– e que agora se diz oficialmente porta-voz dos taxistas em Curitiba, a categoria sabia que o ato na Justiça Federal é mais do que tudo simbólico.
Atualmente, um quarto projeto de lei para a regulamentação do Uber, que conta com o apoio de 17 vereadores, aguarda um parecer técnico da Urbs para voltar a tramitar na Câmara Municipal. Na semana passada, o prefeito Gustavo Fruet declarou que a regulamentação do aplicativo não é uma prioridade para o Executivo municipal. Para Fruet, a administração municipal e a Câmara de Vereadores estão hoje comprando uma pauta que não é da cidade, mas que é de interesse econômico e que gera conflitos porque o momento é de crise.
Ainda cedo, a concentração de automóveis dos taxistas na Rua Doutor Goulin, no Hugo Lange, impactou o trânsito da região e também do Cristo Rei. O entorno da Justiça Federal também enfrenta lentidão no momento.
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