O aplicativo de transportes Uber lançou nessa sexta-feira, em Curitiba, o UberBlack. Restrito a carros sedã escuros, a categoria é considerada de luxo, com veículos e serviço diferenciado. A reportagem da Gazeta do Povo testou o serviço e o comparou com o táxi executivo, que também promete ser diferenciado em relação ao táxi comum. A viagem foi feita por volta de 16h desta sexta-feira, entre a Praça Carlos Gomes, no Centro, e o Bosque Alemão, no Vista Alegre. A reportagem ainda tentou testar o aplicativo T81, concorrente brasileiro do UberX, que também estreou nessa sexta-feira na capital paranaense (confira matéria à respeito).
No quesito preço, o Uber foi mais em conta. A corrida entre o Bosque e o Centro ficou em R$ 21,04, no aplicativo. Já a ida, do Centro para o bairro, custou R$ 32,75 no táxi executivo (apenas R$ 30 foi cobrado da usuária). Mas a estimativa da reportagem é que, caso o UberBlack tivesse sido utilizado na ida, a corrida teria ficado em R$ 24,94, já que o taxista levou uma desvantagem em relação ao trânsito (bastante conturbado para sair da região central).
A ida, com o táxi, teve duração de 24 minutos e distância de 4,4 quilômetros. No retorno, de UberBlack, a distância foi parecida (4,63 km), mas a viagem durou apenas 14 minutos, em função do menor trânsito. Ambos motoristas seguiram o aplicativo Waze e questionaram a passageira se tinha algum caminho de preferência. O curioso é que o condutor do Uber sugeriu um ponto de parada que evitasse a proximidade com algum ponto de táxi, sugerindo algum receio de hostilidade.
O tempo de espera pelo UberBlack foi de apenas três minutos, menos do que os cinco prometidos pelo aplicativo. Situação muito diferente da enfrentada em março, quando a reportagem testou o UberX no dia de sua estreia, e o carro levou 60 minutos para chegar (após informar que levaria apenas sete).
Já o táxi executivo, solicitado pela Rádio Táxi Faixa Vermelha, levou 19 minutos para chegar. Menos do que os 30 estimados pela central, quando foi feito o pedido. Assim como no Uber, o sistema da rádio táxi permite acompanhar, em tempo real, a localização do motorista, por meio de um link enviado por SMS.
Um diferencial do táxi é a placa vermelha, que facilita a identificação do carro, que é todo preto e não possui adesivo nem letreiro. O carro era um Chevrolet Spin. Já o Uber (um Toyota Corolla) surpreendeu por ser prateado. Apesar do nome - “black” significa preto, em inglês - o aplicativo permite qualquer cor escura, cinza incluso. A identificação do carro do aplicativo é feita pelas letras e números da placa.
Em relação ao serviço - outro diferencial das categorias luxo - o táxi executivo se destacou pelo profissionalismo. Vestido de roupa social, o motorista diminuiu o volume da rádio estilo easy listening , de música suave, que tocava quando a reportagem entrou, e limitou-se a conversar para questionar o caminho, no que pareceu uma busca por dar privacidade à passageira. O carro tinha serviço de wifi, que funcionou bem. O taxistas ainda ofereceu água e bala, já ao final da corrida.
O motorista do UberBlack foi um pouco mais informal, mas não agiu em nenhum momento de forma indecorosa. De calça jeans e camiseta, sugeriu em algumas “conversas de elevador” (do tipo perguntar sobre o tempo), e não ofereceu água ou bala. Os dois condutores seguiram os preceitos de direção defensiva, respeitando as leis de trânsito.
Tarifas
O UberBlack cobra uma taxa inicial de R$ 4, mais R$ 0,40 por minuto e R$ 2,45 por quilômetro rodado. Já no UberX a inicial é R$ 3, o minuto R$ 0,25 e o quilômetro rodado fica em R$ 1,12.
No táxi executivo, a bandeirada é de R$ 7,15, mais R$ 3,60 o quilômetro rodado, na bandeira 1. O táxi convencional cobra R$ 5,40 e R$ 2,70 pela bandeirada e quilômetro, respectivamente, na bandeira um.
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