O Uber começa a operar no céu de São Paulo nesta segunda-feira (13). A partir das 14h, será possível pedir um helicóptero pelo aplicativo de carona. O projeto é piloto e deve durar um mês.
Ao clicar na opção UberCOPTER, o usuário será redirecionado para o site da Airbus para fazer um cadastro, em que deve preencher informações como RG, CPF, celular e peso. O algoritmo da plataforma vai calcular o heliponto mais perto do usuário -são cinco helipontos e quatro aeroportos cadastrados até agora – e enviar um UberBLACK para buscar o usuário. Uma mensagem de texto é enviada com informações sobre o voo.
O carro atrasou 20 minutos para buscar os repórteres da Folha de S.Paulo. Foram mais 15 minutos de Perdizes, na zona oeste, até o Campo de Marte, na zona norte. Já o voo até o Instituto Tohmie Ohtake, na zona oeste, durou sete minutos.
Não é a primeira vez que a Uber entra no ramo dos táxis, mas o modelo de São Paulo – com diversos pontos pela cidade – é inédito.
A tarifa é cobrada por assento, mais o valor da corrida de UberBLACK. Um voo entre o hotel Blue Tree Faria Lima e o aeroporto de Guarulhos custa R$ 271 e dura 13 minutos. Já para ir do Campo de Marte até o aeroporto Viracopos, em Campinas, o valor é de R$ 750. Os valores são promocionais e valem até quinta.
A aeronave comporta cinco passageiros, respeitando o limite de peso de cerca de 500 kg no total. Há limitações de bagagem também: até 5 kg de mala de mão e 25 kg no bagageiro.
Os helicópteros têm licença de táxi aéreo de três operadoras parceiras da Airbus: AirJet, Helimarte e UniAir. A empresa não revela a frota total disponível.
Sem briga
Diferentemente dos táxis, o Uber entra agora em um mercado já regulamentado em parceria com as empresas de táxi aéreo. O objetivo é popularizar o acesso ao serviço, segundo Guilherme Telles, diretor-geral da start-up no Brasil.
Do lado da Airbus, a ideia é ampliar o uso dos helicópteros em São Paulo, cidade com o maior número de aeronaves por pessoa no mundo.
Em média, um helicóptero voa 400 horas por ano em São Paulo, mas tem capacidade de voar até 2.000, diz Uma Subramanian, chefe de projetos especiais da A3, do Grupo Airbus.