Galho cai sobre motociclista no Bigorrilho e reacende alerta sobre estado das árvores de Curitiba

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A queda de uma árvore sobre um motociclista no fim da manhã desta segunda-feira (30) no bairro Bigorrilho, em Curitiba, reacendeu o alerta sobre o estado da vegetação que costeia boa parte das vias da capital. O acidente ocorreu na Rua Padre Agostinho, quando parte do tronco cedeu sobre a pista e, por muito pouco, não acertou o rapaz. Apesar do susto, ele escapou ileso, já que a moto ficou exatamente entre dois galhos.

O episódio revela uma situação preocupante nas ruas da cidade. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente (SMMA), os serviços de poda tinham sido suspensos na gestão anterior e foram retomados somente no início de janeiro. Desde então, foram 1.187 atendimentos realizados em vários pontos da cidade. No entanto, a região do Bigorrilho ainda não foi contemplada. Pedidos de poda das árvores podem ser feitos por meio da Central 156.

A secretaria afirma também que as tipuanas não são as árvores mais recomendadas para serem colocadas em áreas urbanas, já que a queda de galhos é considerada comum. No entanto, ela destaca que impossível fazer a remoção completa por questões ambientais, o que força a prefeitura a fazer a retirada de maneira gradual até a total substituição.

Além disso, a própria idade faz com que essas árvores se transformem em bombas-relógio espalhadas pela capital. Elas vivem entre 30 e 40 anos e as árvores plantadas em Curitiba já estão muito próximo desse fim do ciclo de vida. Assim, como explica a SMMA, a poda serve para que técnicos façam uma avaliação que indica se há alguma chance de desabamento.

Situação no Bigorrilho

Após o acidente, a secretaria informou que vai realizar uma vistoria na região do Bigorrilho para averiguar a situação das tipuanas que ficam à margem das vias. Vai ser somente essa avaliação técnica que será decidido o que fazer para evitar novos problemas.

Curiosamente, a queda desta manhã ocorreu a poucos metros de onde, na semana passada, um buraco engoliu duas pessoas que caminhavam pelo bairro. No caso da cratera, o chão cedeu por conta das chuvas que caíram sobre a cidade.