Em meio ao avanço do vírus zika, o governo anunciou nesta quarta-feira (27) que irá ampliar a atuação das Forças Armadas no combate ao mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue e chikungunya.
Ao todo, 220 mil militares, ou cerca de 60% do efetivo total do país, devem fazer parte de uma campanha contra o mosquito, que envolverá entrega de panfletos, visitas às casas, aplicação de larvicidas e esclarecimentos nas escolas.
Segundo o Ministério da Defesa, a ação deve ocorrer em quatro etapas: na primeira, está previsto um mutirão de limpeza nos órgãos públicos ligados à pasta, que deve ocorrer entre sexta-feira (29) e 4 de fevereiro.
Em uma segunda etapa, militares devem visitar 3 milhões de residências para entregar panfletos com informações para ajudar na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
O documento também deve indicar um número local para receber denúncias sobre locais onde há a presença de focos do mosquito.
Em seguida, cerca de 50 mil militares devem atuar diretamente no combate ao mosquito, por meio de inspeções nas casas. O grupo deve passar por treinamento com agentes de saúde para localizar focos do mosquito e fazer a aplicação de larvicidas.
As visitas estão previstas para ocorrer entre 15 e 18 de fevereiro. As ações devem ser feitas principalmente em capitais e em outras 115 cidades consideradas de maior risco para epidemias de dengue, zika e chikungunya, conforme orientações do Ministério da Saúde. Após essa data, a manutenção do efetivo dependerá do pedido das prefeituras.
Questionado, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, evitou fazer uma avaliação sobre as ações atuais do governo no combate ao mosquito. Na segunda-feira (25), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que o Brasil estava “perdendo feio” na batalha contra o Aedes aegypti.
Segundo Rebelo, a decisão por ampliar a atuação do Exército ocorre por determinação do Palácio do Planalto. Desde dezembro, ao menos 14 estados solicitaram apoio das Forças Armadas para combate ao mosquito, e cerca de 2 mil militares participam das ações. “Embora não seja a função finalística das Forças Armadas, devemos atuar como força subsidiária, de apoio”, disse.
Além das visitas às casas, militares também devem participar de campanhas e visitas às escolas com informações de como evitar a proliferação do Aedes aegypti e medidas de prevenção de doenças.
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