Mutirão nacional contra focos do Aedes aegypti começou no último sábado (13)| Foto: EVARISTO SA/AFP

A presidente Dilma Rousseff estuda aplicar uma multa federal a donos de propriedades privadas que sejam reincidentes no flagrante por agentes de saúde de focos de procriação do mosquito Aedes aegypti, vetor de zika vírus, dengue e febre chikungunya.

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Segundo o ministro Jaques Wagner (Casa Civil), a petista encomendou um estudo para a Advocacia Geral da União (AGU) para avaliar se há permissão legal para aplicar uma punição a proprietários de imóveis nos quais houve constatação anterior da presença de criadouros.

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O petista explicou que os focos principais da medida, que já é aplicada por municípios brasileiros, são as propriedades abandonadas - como terrenos, armazéns e residências - e imóveis fechados, entre eles nos quais os moradores se recusam a permitir a entrada de agentes militares ou de saúde.

O ministro observou que também acionará estados e municípios para que eles elaborem projetos de lei que permitam a aplicação de multa aos reincidentes.

“Cabe multa pela irresponsabilidade ao manter focos de reprodução do mosquito em seu imóvel, seja em terrenos baldios seja em imóveis fechados”, disse.

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No mês passado, a presidente editou Medida Provisória para autorizar forças de segurança e agentes de saúde a entrarem em propriedades privadas desocupadas ou fechadas.

A iniciativa regulamentou as normas de acesso em estados e municípios que já possuem legislação específica sobre o assunto.

Portaria

Em 2012, o Ministério da Saúde já havia publicado portaria orientando os municípios a fazerem legislações sobre o assunto, o que levou São Paulo e Rio de Janeiro a aprovarem projetos de lei para acesso às propriedades privadas.

Pelo texto, os donos de propriedades fechadas devem ser notificados duas vezes. Caso não abram o imóvel aos agentes de saúde, o governo federal acionará chaveiros para abrirem o domicílio.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Castro, na mobilização nacional do último sábado (13), foram constatadas 295 mil propriedades privadas fechadas de um total de 2,8 milhões visitadas.

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De acordo com ele, 15 mil proprietários se recusaram a abrir seus domicílios para a entrada dos agentes de saúde. Nesse caso, cabe ao governo federal ingressar com pedido de autorização judicial para invadir os imóveis.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]