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O governo do Paraná anunciou nesta segunda-feira (26) que construirá 120 celas modulares até julho deste ano, com o objetivo de resolver os problemas de superlotação nas cadeias de Curitiba e região metropolitana. Ao todo, 1.440 novas vagas devem ser criadas, das quais 720 devem estar disponíveis até abril.

O anúncio foi feito pelo governador Roberto Requião e pelo secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, na reunião da Operação Mãos Limpas. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), as obras para 60 novas celas, com 720 vagas, já começaram, em caráter emergencial, no Centro de Triagem II, em Piraquara. As outras 60 celas serão construídas nos municípios de Araucária, Colombo e Rio Branco do Sul. "Em seis meses não teremos mais presos em distritos da capital e nas carceragens da região metropolitana", garantiu Delazari.

Segundo a AEN, o Paraná já tem 54 celas modulares, nas cidades de Piraquara, Londrina, Palmas, Loanda, Colorado e Cornélio Procópio. Além das celas modulares, a Sesp informa que construirá outros presídios até o final de 2010.

Superlotação

A construção das novas celas deve aliviar a situação de delegacias como o 11º Distrito Policial (11º DP) de Curitiba. No último dia 10, um princípio de rebelião terminou com a morte de um preso, celas destruídas e a promessa da Sesp de transferir todos os detentos para interditar a carceragem até a sexta-feira passada (23). O prazo terminou, mas a promessa não foi cumprida.

Até a sexta-feira, apenas 67 presos haviam sido transferidos. De acordo com números divulgados pela própria secretaria, o 11º DP está com 107 presos em um espaço planejado para 40.

Imagens exclusivas transmitidas no Paraná TV 1ª Edição no sábado (24) mostraram a condição precária do local. Grades, que deveriam estar trancando as celas, foram arrancadas e estão no pátio. Os presos podem andar pelos corredores sem nenhuma restrição, e ficam isolados do restante da delegacia por apenas duas portas de ferro.

Um policial que não quis se identificar disse que todos os funcionários estão com medo de trabalhar por conta da falta de segurança. "Nós vivemos na ‘corda bamba’. No momento em que a gente tem que abrir uma cela para cumprir um mandado judicial, pode haver uma tentativa de fuga e morte de policiais, presos e oficiais de justiça. É assim que nós vivemos", contou.

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