Os policiais que estão envolvidos nas buscas do acusado de participar da morte do delegado José Antônio Zuba de Oliva, em Joinville (SC), encontraram uma granada que seria do fugitivo Paulo Tutancamon no fim de semana. De acordo com a Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC), um morador do Bairro Rio Bonito, em Joinville, encontrou o armamento em um bambuzal próximo a sua casa e chamou a polícia na tarde de sábado (28). Integrantes do Pelotão de Patrulhamento Tático, da polícia catarinense, foram ao local e encontraram uma granada de mão com a inscrição ARGE, que, segundo as informações iniciais, era da quadrilha. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com a confirmação de que alguns pertences encontrados na região sejam do foragido, uma nova área de busca pode ser delimitada.
"Duas equipes descaracterizadas aqui do Paraná estão auxiliando nas buscas. Precisamos voltar com o nosso pessoal, porque não podemos abandonar as atividades em Curitiba", ressalta o delegado. Durante a manhã desta segunda-feira (30), o suspeito ainda não havia sido localizado.
Buscas
O cerco ao foragido continuou durante o fim de semana, porém o efetivo diminuiu. São três equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), além de policiais do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre). Desde sábado (28), não houve o recebimento de nenhuma denúncia.
Pacto
O grupo de criminosos que matou o delegado Zuba teria um pacto de nunca se entregar. A ordem, comum em facções criminosas e confirmada por um detido, está sendo seguida à risca pelo foragido, o que traz incertezas aos investigadores.
Para o delegado-chefe do Cope, Hamilton da Paz, existem duas situações: ou Tutancamon conseguiu fugir ou está morto na mata. E isso pode refletir em alguma reação futura, acredita Paz, já que bandidos podem voltar para vingar a morte de Felipe "Tex" e Paulo Aparecido Alves de Abreu "Gauchinho", em confronto policial há quatro dias. Francisco Vidal Coutinho, 20 anos, preso no dia da morte de Zuba, disse em interrogatório que o grupo faz parte de uma facção criminosa, da Favela da Rocinha, do Rio de Janeiro. O grupo estaria no Paraná para assaltar mansões em Curitiba.
Crime
O delegado Zuba e o funcionário público Adilson da Silva foram mortos durante uma abordagem policial em um camping de Pontal do Paraná, no balneário Carmery, na última terça-feira. O delegado, Silva e duas investigadoras verificavam uma denúncia de que homens armados estariam acampados. Ao chegarem no local, foram recebidos a tiros de metralhadora e pistola. Zuba morreu na hora. Baleado, Silva chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional de Paranaguá, mas faleceu em seguida. As investigadoras Noeli e Luiza Helena Santos foram rendidas, mas tiveram as vidas poupadas e foram soltas após a fuga dos criminosos.
Serviço:
Quem tiver informações sobre o paradeiro do fugitivo pode entrar em contato com a polícia pelos telefones (41) 3420-3666, (41) 3284-6562, (41) 3284-6536 ou 190.
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