Uma menina de dez anos moradora de Mirador, Noroeste do Estado, está grávida de cinco meses. O pai do bebê seria o padrasto da criança, que estaria abusando sexualmente dela há dois anos. O caso foi descoberto na última sexta-feira (07), quando a diretora do colégio onde a menina estuda desconfiou da gravidez, e a levou para ser examinada em um posto de saúde.
Ao ser detectada a gravidez, o Conselho Tutelar foi acionado e denunciou o caso à Polícia Civil. Quando soube que estava sendo procurado, o padrasto, João Camanho Neto, fugiu junto com a mãe da menina. Eles foram encontrados na segunda-feira (10) em Santa Izabel do Ivaí.
Neto está preso na carceragem da 8ª. Subdivisão de Polícia Civil de Paranavaí, pois já tinha mandado de prisão expedido de cinco anos por furto qualificado, na cidade de Presidente Epitácio, estado de São Paulo. Ele está detido em uma cela separada para acusados de estupro. Em seu depoimento, ele nega todas as acusações.
De acordo com a polícia, a menina conta que era abusada quase todos os dias, desde os oito anos, nos momentos em que a mãe não estava em casa. Ela afirma que não contava nada, pois Neto a ameaçava de morte.
De acordo com o delegado que está investigando o caso, Deoclécio Detros, o padrasto também teria tentado provocar um aborto quando soube da gravidez da enteada, dando-lhe comprimidos.
Em depoimento, a mãe, que morava junto com Neto há seis anos, disse desconhecer os estupros. "Ela sabia da gravidez da filha, mas não tinha idéia de quem era o pai", conta Detros.
Mãe e filha foram encaminhadas para tratamento psicológico. Um inquérito foi aberto e Neto responderá por estupro, atentado violento ao pudor e tentativa de aborto. O delegado pediu a sua prisão preventiva, e caso seja condenado, o infrator poderá cumprir mais de 20 anos de detenção
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