Oitenta exames de raio x deixaram de ser feitos no Hospital de Clínicas, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (18). O motivo é a greve dos servidores técnico-administrativos do HC e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A paralisação teve início em 15 de junho e completou um mês na última sexta-feira (15).

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De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Clínicas, os três funcionários do setor que estavam escalados nesta manhã aderiram à greve. Ao todo, oito servidores do raio x estão participando da paralisação. Somente os exames dos casos de urgência eram feitos nesta segunda-feira.

A falta dos exames de raio x ocasionou o cancelamento de dez consultas no setor de ortopedia nesta manhã.

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Greve no HC

A coleta ambulatorial está suspensa desde 27 de junho. Apenas casos de emergência, como o de pacientes transplantados e da quimioterapia, recebem atendimento. A estimativa é de que 250 coletas deixaram de ser realizadas em cada dia.

O pronto-atendimento do Hospital de Clínicas não recebe novos pacientes desde 16 de junho. Um comunicado foi enviado pelo hospital à Secretaria Municipal da Saúde, em 17 de junho, solicitando que os novos pacientes fossem encaminhados para outros hospitais. O atendimento para quem já estava internado no HC e casos de urgência não foi afetado.

Greve na UFPR

Além dos funcionários do HC, outros servidores da UFPR estão parados. Os funcionários do setor de contabilidade e finanças aderiram à greve na primeira semana de julho, o que provocou a suspensão das rematrículas, pagamentos de obras, serviços contratados pela instituição e licitações.

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De acordo com o Sinditest, o segundo semestre de 2011 pode ser prejudicado na UFPR, já que o atraso no trabalho deve afetar todo o planejamento da universidade. As rematrículas, que deveriam ser realizadas até a semana passada, estão suspensas enquanto a greve não terminar.

A Reitoria da UFPR entregou uma carta aos grevistas dizendo que "o retorno às conversações é vital para a retomada do processo de negociação". O documento também deixou claro que a prioridade da instituição é um entendimento da pauta nacional, que engloba a mobilização de diversas universidades do país.

Para os servidores, a carta não apresentava resoluções concretas, assim como a reunião com o reitor realizada na última segunda-feira (11), e por isso eles decidiram seguir com a paralisação na última quinta-feira (14).

A categoria fará assembleias na terça-feira (19) e na quinta-feira (21) para discutir a carta da Reitoria e os rumos da paralisação.

Reivindicações no Paraná

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Os servidores querem a reabertura de 130 leitos no HC, que teriam sido fechados por falta de pessoal. Além disso, os técnicos administrativos pedem que o governo federal estabeleça e coloque em prática um plano de cargos e salários para a categoria.

Outra reivindicação é o aumento do piso salarial de R$ 1.034 para R$ 1.635, o equivalente a três salários mínimos, e o aumento de benefícios como o vale-alimentação, além da correção de distorções.