Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o segundo dia de paralisação dos médicos afetou pacientes que tinham consultas marcadas ou precisavam de atendimentos que não eram urgentes. Segundo representante do Conselho Regional de Medicina (CRM), os postos de saúde não tiveram atendimento, enquanto que apenas os serviços de urgência e emergência foram mantidos. A prefeitura, no entanto, informou que o atendimento em postos de saúde e centros de atenção à saúde (CAS) foi normal, embora com maior demora.
O diretor regional do CRM, Jeziel Gilson Nikosky, disse que 70% das consultas eletivas, tanto na rede pública quanto na particular, foram remarcadas e que os postos de saúde ficaram sem atendimento. Na terça-feira, segundo Nikosky, 60% das consultas deixaram de ser realizadas.
Os médicos também fizeram visitas aos hospitais Regional, Santa Casa, Bom Jesus e Vicentino, onde falaram com pacientes e familiares sobre as causas da paralisação. A pauta em Ponta Grossa repetiu a do movimento nacional: a defesa pela não implantação do programa Mais Médicos, do governo federal, e a elaboração de planos de carreira para profissionais concursados nas prefeituras.
O secretário municipal de Saúde, Erildo Müller, disse que a greve deixou o fluxo de atendimento mais demorado, mas negou que os postos tenham ficado sem atendimento médico à população. Há perto de 450 médicos em Ponta Grossa, dos quais 100 atuam na prefeitura. O atendimento será normalizado nesta quinta-feira (1º).
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