A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e região está descartada. De 30 empresas, uma havia pagado parcialmente o 13º da categoria e de outra empresa o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) ainda não tinha registro de pagamento.
Neste sábado (19), o sindicato conclui o levantamento das empresas que pagaram fora do prazo. Segundo o vice-presidente do Sindimoc, Dino Cesar, dez empresas pagaram o salário extra somente na sexta-feira (18), enquanto o prazo acordado terminou na quinta-feira (17). Na segunda-feira (21), o sindicato irá protocolar o levantamento no Tribunal Regional do Trabalho.
Na sexta-feira (18), os trabalhadores afirmavam que havia possibilidade de greve. O prazo havia sido definido durante reunião no início do mês e aceito por empresas e trabalhadores mediante intermediação da Justiça, depois de uma paralisação parcial da frota na capital.
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Caso a paralisação fosse aprovada, as atividades poderiam ser interrompidas já na próxima segunda-feira (21). Para esse movimento, não há necessidade de novas assembleias, já que no último encontro os trabalhadores deixaram aprovado deflagração de greve ao primeiro sinal de atraso nos pagamentos.
Além disso, a entidade informou que já acionou a Justiça para cobrar a multa estabelecida em caso de atrasos por parte das empresas. Acordo fechado no TRT determinou o pagamento de R$ 60,00 por dia de atraso e por trabalhador. Atualmente, cerca de 12 mil motoristas e cobradores atuam no sistema de transporte da capital e da região metropolitana, o que já indicaria multa acumulada de R$ 720 mil.
O Sindicato das Empresas (Setransp) confirmou o descumprimento do prazo, mas acrescentou, em nota, que a transação não foi feita dentro do período estabelecido por causa de “trâmites bancários”. A previsão era de que as pendências fosse quitadas ainda nesta sexta – o que veio a ocorrer – inviabilizando motivos de uma possível paralisação.