A greve dos funcionários dos hospitais particulares e filantrópicos chegou ao quarto dia nesta sexta-feira (10) e causa reflexos ao atendimento à população. Representantes dos trabalhadores e do sindicato patronal estavam reunidos, desde o início da tarde, na Justiça do Trabalho. A audiência começou por volta das 14h30 e não tinha previsão para terminar.

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A paralisação da categoria em Curitiba e região metropolitana de Curitiba teve início na terça-feira (7). Oito leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia, de 38, estavam fechados na manhã desta sexta-feira. De acordo com a assessoria de imprensa, o centro cirúrgico tinha cinco salas fechadas nesta sexta. A adesão à greve era de 40% no hospital.

Cerca de 85% dos funcionário do ambulatório do Hospital Cajuru estão em greve nesta sexta-feira e funcionários foram remanejados para não suspender as consultas. No geral, 22% dos colaboradores da instituição estão em greve nesta sexta, segundo a assessoria de imprensa do Cajuru.

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Em nota, o Hospital Cajuru informou que conseguiu liminar na 15ª Vara do Trabalho de Curitiba para garantir que no mínimo 70% dos funcionários em cada unidade de internação compareceram ao trabalho. Se isso não for feito a partir desta sexta, a multa será de R$ 20 mil por dia.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) se reuniu, na quinta-feira (9), com representantes dos trabalhadores da saúde e do sindicato que representa os hospitais filantrópicos e particulares de Curitiba, para discutir a greve da categoria. O MP-PR quer o remanejamento de funcionários para garantir o atendimento à população e informou que os grevistas poderão responder criminalmente em caso de morte ou lesão irreparável à saúde do paciente.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, a categoria tem feito revezamentos durante a grave e nenhum paciente foi colocado em risco.

Reivindicações

A categoria pede reajuste de 28% nos pisos salariais, reduções de jornada e novas contrações. O sindicato patronal (Sindipar) manteve a proposta de 6,5% de reajuste para os funcionários não vinculados a piso salarial, aumento entre 8,5% e 11,2% nos pisos até janeiro de 2012 e de aumentar em 30% o valor do vale-alimentação.

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