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Saúde

Greve no Hospital de Clínicas entra no segundo dia e atendimento segue prejudicado

Funcionários ligados à Funpar começaram a greve na segunda-feira. Atendimento segue afetado no maior hospital público do Paraná | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Funcionários ligados à Funpar começaram a greve na segunda-feira. Atendimento segue afetado no maior hospital público do Paraná (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Funcionários do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) entraram no segundo dia de greve nesta terça-feira (10). A paralisação é por tempo indeterminado e, com ela, o atendimento no maior hospital público do Paraná segue comprometido.

A orientação do hospital é de que o agendamento de exames e consultas priorize pessoas de fora de Curitiba. Com isso, a estimativa da direção do HC é de que mil pessoas fiquem sem o serviço por dia. Segundo o hospital, o banco de sangue permanece fechado e o atendimento na coleta do laboratório para a realização de exames segue moroso. Ainda, 40% do setor de distribuição de material continua paralisado.

Quatro das oito salas cirúrgicas e dois leitos da UTI Geral que estavam fechados ontem foram reabertos nesta terça. Isso porque, de acordo com o HC, a adesão maior à greve é de pessoas que atuam no setor administrativo. Além disso, as mudanças de escalas de trabalho contribuíram para que os leitos fossem reabertos.

As consultas e exames agendados estão mantidos, mas há demora no atendimento.

O HC estima que 126 trabalhadores da Funpar permaneceram paralisados na manhã desta terça-feira. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público do Paraná (Sinditest-PR), 851 dos 3.132 trabalhadores que atuam no hospital são contratados pela Funpar e atuam em todos os setores da instituição.

Nesta manhã, cerca de 300 trabalhadores grevistas realizaram um ato no próprio hospital e parte deles deve comparecer no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde ocorre um dissídio coletivo às 14 horas entre o sindicato, a Funpar e a UFPR.

Motivos

A paralisação dos funcionários tem dois motivos: as dificuldades em negociar a reposição salarial e uma disputa judicial de qual sindicato representa a categoria. O Sinditest-PR alega que a administração da Funpar se recusa a negociar com a diretoria do sindicato o acordo coletivo dos trabalhadores. A data-base dos funcionários da Funpar é 1.º de maio. A fundação, por outro lado, contesta a legitimidade do Sinditest em representar a categoria.

A recusa se dá pelo fato de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter decidido no mês passado, por unanimidade, que “os funcionários do Complexo Hospital de Clínicas/Funpar devem ser representados pelo Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativa, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Paraná (Senalba)”. Diante do impasse, o acordo coletivo fica comprometido.

O Sinditest alega que 70% dos trabalhadores da Funpar que atuam no HC são filiados ao sindicato.

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