Milhares de trabalhadores liberianos de saúde planejam começar uma greve por tempo indeterminado à meia-noite de segunda-feira que poderia prejudicar os esforços do país para impedir a propagação do vírus mortal Ebola e deixar centenas de pacientes sem atendimento.
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Os profissionais de saúde no país do oeste africano ameaçaram abandonar centenas de pacientes em unidades de tratamento de Ebola, clínicas e hospitais, se demandas por melhores incentivos, condições de trabalho e equipamentos de proteção não forem cumpridas.
Uma reunião para resolver as suas queixas em 10 de outubro terminou em um impasse, com o governo se recusando a atender suas demandas, disse George Williams, secretário-geral da Associação Nacional de Trabalhadores de Saúde da Libéria.
"O governo da Libéria não mudou sua postura. Eles não querem envolver-nos para que possamos conversar", disse Williams.
O vice-ministro da saúde da Libéria Matthew Flomo disse que o governo não tinha conhecimento dos profissionais de saúde que pretendem fazer greve.
"O que eu sei é que o governo chegou a um acordo com os trabalhadores de saúde para o seu pagamento", disse Flomo.
Mas Williams negou que os trabalhadores tivessem chegado a qualquer acordo com o governo. Ele acusou o governo de tentar dividir os trabalhadores.
Ele, no entanto, reconheceu que a greve possa prejudicar os ganhos que estão sendo feitos na luta contra o Ebola na Libéria, mas disse que eles estavam confiantes de que o público iria entender a razão por trás de sua ação.
A Libéria tem o maior número de infecções e mortes do pior surto da febre hemorrágica viral, que já matou 2.316 pessoas no pobre país do oeste africano.
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