A Prefeitura de Curitiba informou que funcionários de limpeza pública estão voltando às ruas da capital na manhã desta quinta-feira (19) a fim de cumprir a decisão judicial que pede um contingente mínimo de 40% deles em atividade. Isso significa que 200 coletores e 81 varredores voltam ao serviço para manter um nível de atividade mínima na capital até que se alcance um acordo salarial com a prefeitura. Uma nova reunião entre as partes ocorre no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nesta tarde.
Segundo Manassés Oliveira, presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), os trabalhadores já tinham orientação de cumprir a determinação na quarta-feira (18), mas, devido à falta de caminhões e condições da Cavo, não puderam fazer isso.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Cavo negou a informação e disse que os trabalhadores é que bloquearam a saída de caminhões. Além disso, a empresa atribuiu a volta ao trabalho ao aumento da multa imposto pela justiça de R$ 20 mil diários para R$ 100 mil por dia.
Oliveira negou que o movimento tenha viés político e vise prejudicar a imagem da administração municipal. “Ele está fazendo uma péssima gestão [Gustavo Fruet - PDT] e nós não estamos politizando a greve. Apenas pedimos aumentos condizentes com os que tivemos nos últimos anos. Este nem é um ano eleitoral”, afirmou.
No final da tarde desta quarta-feira, o Siemaco chegou a anunciar que o mínimo de 40% seria cumprido. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Paraná (Sitro), que representa os motoristas dos caminhões de lixo, decidiu não cumprir a determinação, decisão que acabou sendo seguida pelos trabalhadores ligados ao Siemaco.