Dezenove cruzes pretas foram colocadas em frente ao vão-livre do Masp na tarde deste domingo (13) para lembrar um mês da morte de 19 pessoas nas regiões de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.
Neste domingo, cerca de 30 pessoas colocaram mordaças na boca e seguraram velas para homenagear as vítimas e simbolizar o medo e o silêncio dos moradores das regiões após os assassinatos. O protesto foi organizado pela ONG Rio de Paz, que já fez outros três atos semelhantes após a chacina.
“Esse protesto é para cobrar as autoridades a solucionar o caso e fazer uma reflexão. Porque há uma anestesia moral nas pessoas, que gera a ideia de que o pobre é matável”, diz o contador e voluntário da ONG Cláudio Nishikawara, 46.
O protesto começou às 16h. De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes não bloquearam a via.
Um mês após os crimes, a força-tarefa criada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) prendeu apenas um suspeito, cuja acusação se sustenta em testemunha contestada pela Justiça. Os crimes ocorreram dentro de um raio de 10 km.
Os 30 dias de investigação foram marcados pelo descompasso entre os integrantes do grupo e, também, pela exposição de nomes de investigados e de parte das testemunhas que depuseram contra os suspeitos do crime.
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