Cinco horas depois de classificar de "vândalos" os manifestantes que depredaram ônibus e mobiliários urbanos em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin foi alvo de um protesto de estudantes brasileiros em Paris. Com cartazes nos quais se lia frases como "Governador Alckmin, vândalo é o senhor", os jovens pediam a libertação dos presos no protesto da noite desta terça-feira, 11 entre os quais de um jornalista detido entre os manifestantes.
A manifestação reuniu menos de dez brasileiros que se concentraram em frente ao Hôtel de Matignon, a sede do primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, com quem Alckmin se encontrou às 18h. A ideia foi da jornalista Jaqueline Nikiforos, mestranda em Literatura da Sorbonne. "Foi em solidariedade às pessoas presas, às manifestações e às reivindicações contra o aumento da tarifa de transporte em São Paulo", justificou. Nós somos contra todas essas prisões. O esforço de se manifestar dessas pessoas não pode ser reduzido a vandalismo."
Bia Barbosa, também mestranda e jornalista que colabora com o portal de esquerda Carta Maior, também participou da manifestação contra Alckmin e protestou contra a prisão do também jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, detido entre os manifestantes. "Ele defendeu uma menina e está sendo acusado de formação de quadrilha, para você ter uma ideia", argumentou.
Na saída do encontro com Ayrault, o governador foi ainda mais duro com os manifestantes de São Paulo, a quem classificou de "um grupinho de vândalos com uma ação evidentemente criminosa". "Isso é vandalismo criminoso, não há outra expressão para isso", completou.
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