Uma equipe da Guarda Municipal de Curitiba, que trabalhava para evitar uma possível briga entre as torcidas do Atlético Paranaense e Coritiba, trocou tiros com torcedores atleticanos na noite de quinta-feira (27), no Bairro Alto. Esse é o terceiro caso de confusão envolvendo torcedores dos times da capital em menos de dez dias.

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A confusão não teria relação com a rodada do Campeonato Paranaense, já que os dois times não se enfrentaram. O Atlético jogou na quarta-feira (26), contra o Operário, em Ponta Grossa. Já o jogo do Coritiba foi na noite de quinta (27), em Curitiba, contra o Cascavel.

De acordo com informações da Guarda Municipal, torcedores do Atlético estavam em um veículo Gol branco, portavam armas de fogo e estariam ameaçando torcedores do Coritiba que passavam pelo Terminal Bairro Alto e acionaram os agentes. Durante a abordagem ao veículo, os torcedores teriam atirado contra os agentes da Guarda Municipal, que revidaram.

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Além da troca de tiros, houve perseguição do veículo pelas ruas do bairro. O carro foi abandonado em frente a uma casa na esquina das ruas Napoleão Bonaparte e Arno de Feliciano de Castilho. Quando encontraram o veículo, os agentes da Guarda Municipal verificaram que havia duas camisetas da torcida organizada Fanáticos e marcas de sangue no interior do veículo. O carro, que estava em situação legal, foi recolhido por agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran).

A Guarda Municipal não informou quantos ocupantes estavam no Gol. Nenhum torcedor foi detido.

Terceiro caso de briga de torcidas

Em menos de 10 dias, já foram registradas três ocorrências de brigas envolvendo torcedores em Curitiba. Nos dois casos anteriores, três torcedores ficaram feridos e as confusões também ocorreram em ônibus ou terminais de transporte coletivo.

O primeiro caso ocorreu na última semana, no dia 20 de janeiro, quando um homem foi baleado dentro de um ônibus biarticulado que fazia a Linha Centenário/Campo Comprido. Sandro Lemos, de 25 anos, retornava do estádio Couto Pereira, onde havia assistido à partida do Coritiba contra o Paranavaí, quando foi atingido por um disparo feito por um outro passageiro. Ele foi ferido no peito e desceu no terminal de Vila Oficinas.

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Em seu depoimento à Delegacia de Homicídios (DH), o rapaz afirmou que não conhecia o autor do disparo,mas que chegou a conversar trivialidades com ele. A polícia não descarta que o futebol possa ter sido a motivação do crime. Apesar de o autor dos disparos não estar trajando uniforme ou roupas de um time, Lemos usava um boné do Coritiba. O autor dos disparos fugiu. Lemos foi levado para o Hospital Evangélico, onde passou por um procedimento cirúrgico. Ele já havia sido filiado à torcida Império Alviverde.

No domingo (24), dois torcedores do Paraná Clubeficaram gravemente feridos em uma briga de torcidas no bairro Santa Cândida. Cerca de 200 torcedores começaram a se enfrentar dentro do Terminal Santa Cândida, duas horas após o término do clássico entre Paraná e Coritiba. Os dois jovens teriam sido agredidos com pedaços de pau. Eles foram encaminhados para o Hospital Evangélico e não corriam risco de morte.

Testemunhas relataram que ouviram um disparo de arma de fogo, além do uso de rojões e outros fogos de artifício. Também houve relatos de duelo entre torcedores rivais no Terminal Fazendinha.

Pessoas que trabalham nos terminais de ônibus relatam à reportagem da Gazeta do Povo que é comum haver briga entre torcidas após os jogos, mesmo nas rodadas em que os times da capital não se enfrentam diretamente.

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