O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que não dá para votar a emenda 29 – que destina recursos para a saúde – como ela está. A emenda 29 entrou no pacote de negociação da votação da PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF.

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Segundo Mantega, o texto precisa ser alterado para não causar um desequilíbrio às contas do governo. "Do jeito que está (a proposta), o governo não aceita porque seria um aumento de R$ 20 bilhões. Isso seria um desequilíbrio. Vamos aguardar mais um pouco, ter um pouquinho de paciência", disse. O ministro disse que o governo deve apresentar hoje a proposta para votação da lei complementar que regulamenta a emenda 29.

No entanto, ele admitiu que a negociação da emenda 29 está atrelada à da prorrogação da CPMF – objeto de um acordo entre o Planalto e o PSDB. Mantega disse que ainda não dá para falar sobre os números que irão nortear esse acordo. "Como uma coisa está ligada a outra, os números ainda não estão definidos."

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Mantega disse que irá quinta-feira ao Senado e abrirá os "números do governo". "Mostrarei que não é possível prescincidir da CPMF para garantir os projetos que o governo está implementando."