O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta quarta-feira (6) que o surto de gripe H1N1 em São Paulo preocupa por ocorrer mais cedo do que o período esperado para um aumento de casos.
“Estamos grandemente preocupados. Foi um surto que ocorreu de forma antecipada”, afirmou, após evento de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti e o avanço do vírus da zika junto a alunos de uma escola pública de Riacho Fundo, no Distrito Federal.
Segundo Castro, a pasta “agiu prontamente” ao perceber o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em São Paulo por H1N1 -o surto provocou corrida a clínicas particulares que dão vacina.
“Estávamos preparados para iniciar a campanha [de vacinação contra a gripe] no dia 30 de abril. Mas o vírus começou a circular mais cedo que nos outros anos. Entramos em contato com o Instituto Butantan, que fabrica a vacina, e começamos a distribuir [aos Estados] em 1º de abril. Distribuímos para o país inteiro, e começamos por São Paulo, onde está o foco de H1N1”, afirmou.
Ao todo, o país já registra 444 casos de agravamento dos sintomas pelo vírus e 71 mortes. São Paulo concentra a maioria de casos, com 372 casos de SRAG e 55 mortes.
O ministro diz que a expectativa é que, até o dia 15 de abril, 50% de todas as doses da vacina já estejam distribuídas aos Estados. A partir do recebimento das doses, secretarias de saúde podem definir estratégias para a campanha de vacinação. Em São Paulo, a vacinação de crianças de até cinco anos, gestantes e idosos está prevista para iniciar mais cedo, em 11 de abril.
Campanha nacional
Já a campanha nacional está marcada para ocorrer em todo o país entre 30 de abril e 20 de maio. A região Sul, inclusive o Paraná, antecipou em cinco dias o início da campanha.
Castro lembra que a vacina é direcionada apenas para grupos de maior risco de desenvolver complicações pela gripe, como gestantes, idosos, crianças entre seis meses a cinco anos, profissionais de saúde, presos e pessoas com doenças crônicas.
No evento, o ministro também voltou a defender que as pessoas façam “um sábado da faxina” para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, como forma de evitar o avanço de dengue, zika e chikungunya. “Se cada um dedicar 15 minutos do seu tempo, já é suficiente”, disse.