Vinte e nove dos 30 deputados paranaenses participaram da sessão de impeachment do presidente Fernando Collor no dia 29 de setembro de 1992, mas apenas três discursaram: Abelardo Lupion, contra o impeachment; Rubens Bueno e Luiz Carlos Hauly, ambos favoráveis. Ao contrário de hoje, havia quase unanimidade a favor da saída do presidente – tanto que o impeachment foi aprovado por 441 votos a 38. No Paraná, apenas Basílio Villani, além de Lupion, foi contrário ao impeachment.
Mesmo assim, algumas coisas eram bastante similares. Os poucos defensores do presidente também falavam em golpe, e evocavam o risco à democracia que o impeachment poderia causar. “O golpe de estado político-congressual é tão imoral ou até mais imoral que o golpe militar. Meu voto é ‘não’ ao parecer e à forma engendrada de se conquistar o poder”, declarou Lupion, atual presidente da Cohapar.
Favoráveis
Na mesma sessão, as falas de Bueno e Hauly foram bem diferentes. Então filiado ao PSDB, Bueno classificou a situação como uma “orgia de corrupção”.
Hauly, então filiado ao PST (hoje extinto), foi além: disse que Collor precisava ser punido pelo Congresso, pelo Supremo Tribunal Federal e até mesmo pela justiça divina. Por coincidência, os dois são os únicos deputados daquela legislatura que ainda estão na Câmara – Bueno (hoje filiado ao PPS) e Hauly (ao PSDB) defendem o impeachment de Dilma.
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