A xenofobia integralista se voltava contra o estrangeiro “não assimilado”. “Aqueles grupos de imigrantes que não se entregavam ao ‘espírito nacional’, se miscigenando, aprendendo costumes, língua e cultuando os heróis e ídolos brasileiros”, explica o pesquisador Rafael Athaides.
Os adeptos do integralismo no Paraná
Leia a matéria completaNo entanto, a AIB chegou a editar livros em alemão para ter acesso a essas populações no Sul do Brasil e o primeiro deles foi no Paraná. “Os discursos e as práticas são mesmo contraditórios. Em determinadas ocasiões Plínio Salgado discursava aos alemães ‘laboriosos’ de Santa Catarina, enaltecendo a pertença étnica, ao mesmo tempo em que, em editoriais jornalísticos, combatia a não aculturação desses mesmos alemães ao Brasil”, afirma.
O integralismo defendia uma uniformidade racial propensa a modelo branco europeu. “Ademais, para além do lado antissemita (com ênfase no aspecto econômico), qualquer elemento que não se adequasse à proposta homogeneizante de nação da AIB estaria excluído”, salienta.
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