Um jovem de 21 anos é acusado de fornecer armas de fogo para traficantes do bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Ele foi detido na última sexta-feira (23) pela polícia em frente a um condomínio no CIC, mas a prisão foi divulgada apenas nesta segunda-feira (26). Segundo informações da Delegacia de Homicídios (DH), Carlos Augusto Veras teria entregue metralhadoras que foram utilizadas em pelo menos quatro assassinatos cometidos na Vila Nossa Senhora da Luz.
No momento em que foi preso, Veras estava em um automóvel Audi A3, cujo porta-malas escondia um pacote 25 munições calibre 9 milímetros. Segundo a delegada titular da DH, Vanessa Alice, a munição é compatível com projéteis encontrados em locais de homicídios registrados no CIC. O pacote encontrado no veículo foi feito com um jornal paraguaio. Investigações apontam que Veras realizou diversas viagens ao país vizinho, onde provavelmente conseguia as armas e munições.
O rapaz também é acusado de participar diretamente de um homicídio cometido no bairro no último dia 6 de junho, quando Alessandro Machado foi assassinado com três tiros. De acordo com Vanessa, a vítima seria integrante de uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas.
Veras foi encaminhado para o Centro de Triagem II, em Piraquara, na região metropolitana. Ele vai responder por formação de quadrilha e porte ilegal de munição restrita.
Disputa
Desde maio, após a prisão de Éder Conde, apontado como o "Fernandinho Beira-Mar de Curitiba" e cabeça da principal quadrilha de tráfico da capital paranaense, uma disputa por pontos de venda de drogas teria se iniciado no CIC.
De acordo com a Polícia Federal (PF), Conde seria o responsável por distribuir 100 quilos de cocaína a cada três meses. Com a prisão dele, grupos menores teriam começado a brigar pelo comando do tráfico. Nesta disputa, destacam-se duas facções, segundo Vanessa.
"O grupo criminoso que ele entrega estaria sem munição, por isso, Veras teria ido ao Paraguai para providenciar a mercadoria. Com a prisão dele, esperamos que haja uma redução drástica do número de mortes violentas no CIC", disse a delegada.
Números referentes até o fim de junho apontam que o CIC é o bairro mais violento da capital, com 66 homicídios registrados nos seis primeiros meses deste ano. Além de ser um bairro populoso (com 157 mil habitantes), o tráfico de drogas é um dos principais desafios enfrentados pelas autoridades.
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