Homem é preso com um quilo de esmeraldas em Curitiba

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Um homem foi preso e cerca de um quilo de esmeraldas apreendido no último fim de semana em Curitiba após investigações da Divisão de Narcóticos (Dinarc). Além das pedras preciosas, a polícia apreendeu uma boa quantidade de drogas, armas e munições, celulares e aparelhos eletrônicos.

Depois de uma denúncia anônima, a Polícia abordou Miguel Romão Rypshinski Júnior (36) em seu carro, na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais, região metropolitana. Na revista feita no automóvel, foi encontrado um fundo falso onde estavam escondidos dois quilos de crack puro – que daria para produzir cerca de 1.200 pedras da droga - e uma pistola ponto 40, que é de uso exclusivo da Polícia. A arma, segundo o delegado titular da Delegacia Anti-tóxico (Datox), Miguel Martin de Castro, foi roubada recentemente. "É uma arma de uso exclusivo da Polícia e foi roubada em um arrebatamento de presas ocorrido no mês passado".

Depois de ouvir o depoimento de Júnior, o delegado decidir pedir mandados de busca e apreensão. "Pela conversa que tivemos com ele, percebemos que podia haver mais coisas na casa dele e na casa dos pais. Ainda naquela noite, a juíza de plantão da Vara de Inquéritos concedeu dois mandados de busca e apreensão e fomos até os locais". Na casa de Júnior, a Polícia encontrou diversos equipamentos eletrônicos, celulares, farta munição para revólveres e pistolas, balança de precisão, solvente até um uniforme da uma empresa de transporte de valores.

Já na casa do pai do acusado em Colombo, região metropolitana de Curitiba, foi encontrada uma maleta com as pedras preciosas. "Eram cerca de mil esmeraldas brutas e aproximadamente 100 gramas de pedras já lapidadas. Imediatamente iniciamos as investigações e descobrimos que elas foram extraídas na Bahia e já haviam sido avaliadas em São Paulo", disse De Castro. Segundo o acusado, elas foram usadas como pagamento em uma venda de automóvel.

De acordo com o delegado da Datox, não há indícios de que as pedras teriam sido roubadas. "Investigamos se elas poderiam ter ligação com o assalto a uma joalheria na semana passada, mas essa hipótese já foi descartada". Agora a Polícia quer saber realmente de onde e para onde as pedras iriam.

Miguel Romão Rypshinski Júnior será indiciado por tráfico de drogas, porte de armas ilegais. O acusado se recusou a dar mais detalhes sobre a droga encontrada e preferiu, por orientação de seu advogado, permanecer em silêncio até o julgamento dos processos.