Homem que faz refém em hotel pede extradição de Battisti, diz polícia
Além de pedir a extradição do ex-ativista italiano, o sequestrador pede ainda a aplicação prática da Lei da Ficha Limpa. As exigências foram feitas como forma de ele libertar o refém.
Um hotel na região central de Brasília foi isolado na manhã desta segunda-feira (29) após um hóspede ter feito um funcionário refém afirmando ter material explosivo.
A vítima foi algemada e vestida com um colete contendo supostos explosivos. Bombeiros, esquadrão anti-bombas do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil estão no local.
A Polícia Civil informa que a arma do homem é verdadeira, mas diz que não é possível afirmar se o colete possui material explosivo. "Se for [material explosivo], tem uma grande capacidade de destruição. Faria um grande dano no andar e nos andares subsequentes", disse o diretor de comunicação da Polícia Civil Paulo Henrique Almeida.
À polícia, o homem ameaça constantemente acionar os explosivos.
O autor da ação teria informado aos hóspedes do andar que se trata de um "ataque terrorista", segundo informações são do jornal Correio Braziliense.
O sequestrador, que está armado, apareceu com a vítima na sacada de um apartamento no 13º andar do hotel Saint Peter, que fica na região central de Brasília, próximo à Esplanada dos Ministérios. O prédio tem 482 apartamentos, 15 andares e uma cobertura para eventos.
Segundo relato inicial de funcionários, o sequestrador se hospedou na manhã desta segunda e reservou dois quartos do hotel, um de frente para o outro.
Hóspedes e funcionários foram orientados a deixar o local, por volta de 9 horas. "Um bombeiro bateu na porta, falando pra todo mundo descer, porque tinha uma ameaça de bomba no prédio", contou o advogado Marson Nascimento, de 40 anos. Por volta do meio-dia, três negociadores conversam com o sequestrador.
Segundo a Polícia Civil, o sequestrador não tem uma reivindicação clara e faz referências a questões políticas do Brasil como a aplicação da lei Ficha Limpa (que impede a candidatura de políticos condenados em tribunais colegiados da Justiça) e o caso Cesare Battisti (italiano acusado de assassinato na Itália que conseguiu autorização para permanecer no Brasil).
Hotel ofereceu emprego a José Dirceu
O estabelecimento onde ocorre a situação com refém nesta segunda-feira ofereceu um emprego de gerente administrativo com salário de R$ 20 mil ao ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Condenado no processo do mensalão, o petista precisava de autorização para trabalhar fora da prisão, como parte de sua pena que é cumprida em regime semiaberto.
Devido à pressão sofrida da opinião pública - e a denúncias de que um dos dirigentes da empresa dona do hotel seria um laranja - o ex-ministro voltou atrás e decidiu recusar a oferta do estabelecimento.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora