O imigrante de Guiné Soulyname Bah, 47, que passou a semana internado na Fiocruz, no Rio, com suspeita de ebola, já está liberado para voltar para Cascavel, no Paraná, informou, na manhã desta terça-feira (14), a equipe médica que atendeu o paciente.

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Bah recebeu alta às 16h30 de segunda, após o resultado negativo do segundo exame para o vírus. Ele foi retirado da área de isolamento, mas permaneceu na fundação para outros exames. Foi descartada a possibilidade de o imigrante estar com alguma outra doença infecciosa e, portanto, ele está liberado para deixar o local.

O transporte do paciente será decidido pelo Ministério da Saúde. A Fiocruz não informou quando o homem deixará o local. De acordo com o infectologista José Cerbino Neto, vice presidente do Instituto Nacional de Infectologia e que tratou pessoalmente de Bah, o imigrante pediu privacidade e não quis conversar para a imprensa. O africano ficou sabendo pela televisão da ocorrência de casos de racismo e quis preservar sua identidade, disse Cerbino Neto.

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Caberá ao Ministério da Saúde informar se o homem volta a Cascavel em um avião da FAB ou em um voo comercial. De acordo com Cerbino, durante o período na Fiocruz, Bah manteve contato por telefone com amigos no Paraná.

"Com a confirmação de que não é ebola ou outra doença infecciosa, não há mais necessidade de ele estar internado. Do ponto de vista clínico, ele pode sair hoje. Ontem mesmo, após o segundo resultado negativo, já entramos na área em que ele estava sem as roupas de proteção. Ele nos olhou aliviado e repetiu que sabia que não estava com a doença", disse Cerbino, em coletiva de imprensa na sede da Fiocruz, na zona norte do Rio.

De acordo com Cerbino, a Fiocruz fará na próxima quinta-feira (16) uma avaliação geral de como funcionou o trabalho de isolamento do paciente. Segundo o vice-presidente da Fiocruz, Valcler Rangel, que também estava na coletiva, a avaliação inicial foi positiva.

"Conseguimos dar uma resposta rápida em um contexto de emergência pública a nível mundial. O resultado negativo nos dá tranquilidade, mas também nos mantém em alerta. Estamos organizados e no caminho certo" Rangel.

O hospital da Fiocruz tem dois leitos na área de isolamento, mas, de acordo com Cerbino, no caso de uma eventual epidemia no país, a unidade tem condição de usar todos os seus 32 leitos para atender pacientes com suspeita do vírus. Os 70 funcionários do hospital, disse, estão treinados para lidar com casos da doença.

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